terça-feira, janeiro 02, 2007

Voar pela coesão

A chuva bate forte contra a vontade de sair e obriga-nos a um descanso que, na realidade, é merecido. Sobretudo depois de um período de tanta festividade e desmando horário.

Tudo bem! Descansemos!

É sabido que Ilhas de coesão já não abundam. De tal maneira que os Açores tiveram de as ir buscar à Madeira. Não sei se por remorsos, depois da questão das finanças locais, ou se por genuíno espírito natalício, mas o que é certo é que lá mandamos um dos nossos aviões para servir os nossos irmão ilhéus.

Ouvimos os gestores e políticos a afirmarem, de pés juntos e dedos esticados em vitória solidária, que o avião não fazia cá falta. Que os cenários estavam todos estudados e que não iria complicar a situação das nove Ilhas. Em boa verdade a afirmação tem um terço de verdade. Para as três “Ilhas grandes” não houve grande problema porque estão bastante bem servidas por voos directos, de e para o exterior. Para as restantes, incluindo a nossa que teoricamente é grande, o problema existe e hoje mesmo está “em curso”.

Qualquer visionário, mesmo que fosse míope, poderia perceber que com um avião a menos bastaria uma revisão ou uma avaria num segundo avião para que a “frotinha da SATA” fosse incapaz de se aguentar sem deixar muitos viajantes “pendurados” em terra.

Acrescente-se, à falta de aeronaves, um aumento excepcional do número de passageiros, devido ao fim das férias escolares e ao retorno dos professores, e temos o caos.

Como disse, está a acontecer hoje!

Ouvimos o nosso presidente dizer, há pouco tempo, que seria capaz de governar a Madeira melhor do que o Alberto João. Nunca pensamos foi que o viesse a demonstrar tão cedo e à custa de um sector que já há anos que não funciona bem por cá: os transportes.

Havia, com certeza, outros modelos para exportar.

Já que queremos mandar alguma coisa para a Madeira, mandemos os responsáveis pelas políticas de transporte.

Acabaram de demonstrar que não nos fazem muita falta!

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