terça-feira, junho 26, 2007

De Ngapali a Bagan

A saida de Napali Beach é feita com pouca vontade. A culpa é sobretudo da praia e da preguiça que ela induz e que, em conjunto, funcionam como íman que nos diminui a força. Só a vontade de ver mais longe e descobrir novos espaços é que nos ajuda. A saída de Ngapali é curiosa e, no mínimo, exótica. Em vez de balança para aferir o peso dos passageiros, temos um funcionário que, com ar carrancudo, vai pegando nas malas e gritando para o colega o seu veredicto. Não inspira muita confiança!

Que tem sorte pode ser que apanhe um voo directo. No nosso caso, o normal é não acertarmos. Assim foi!

Para atingirmos o nosso destino, o melhor que conseguimos foi um voo que parava em Rangoon, Lago Inle, Mandalay e finalmente, Bagan. A nossa sorte foi que, chegando a Rangoon, o pássaro pifou. Esperamos horas assistindo a um grupo de trabalhadores sentados em cima da asa do avião, munidos de martelos e demais instrumentos de tortura. Nessas alturas, o melhor é desligar e deixar o destino fazer o seu trabalho.

Ao fim de um tempo longo, fomos informados que iríamos num novo avião, mais moderno e com propulsão a jacto.

Contentes e aliviados lá entramos no autocarro que nos largou…no mesmo avião. As boas notícias eram que, por já ser noite e a pista do lago Inle não ter luz, iríamos directos a Mandalay e, depois para Bagan.

Assim foi, sem problemas.

À chegada a Bagan, zona com milhares de monumentos, classificada como património Mundial pela UNESCO, é pago um passe que dá acesso a todos os monumentos. Ganha-se imenso tempo e perde-se muita chatice e demora.

Uma boa ideia!


As pessoas



Os mercados



Os monumentos

quinta-feira, junho 07, 2007

Ngapali Beach 2

Ir a Ngapali Beach implica organização. Não só pela distância e pelos trajectos possíveis mas, sobretudo, porque à chegada, espera-nos o vazio. Meia dúzia de carrinhas de hotéis e nada mais. Não há táxis nem carros de aluguer. Sendo o aeroporto de chegada Tandwe, somos largados a vários quilómetros da zona dos hotéis e, se não tivermos tudo organizado com antecedência, resta-nos penar com as malas às costas.

Claro que, quem tem o autocarro do hotel à espera pouco mais tem para fazer do que aguentar o desconforto da estrada mal conservada e das molas pouco eficazes das relíquias de quatro rodas que se arrastam, aos saltos, pelas estradas mal conservadas. No caso do nosso hotel, o charme do autocarro era mais do que muito e só se igualava ao grau de desconforto das cadeiras de vime que substituíam os bancos tradicionais.

A vinte à hora lá chegamos.


A primeira imagem do hotel e da praia vale bem o corpo moído da viagem. Passadiços longos em madeira, emoldurados num verde cheio de tonalidades e salpicado de cores fortes das flores. O serviço muito atencioso e discreto faz-nos sentir à vontade.

O check-in é feito numa esplanada sobre a areia imaculada (varrida diariamente) e com o mar quente a perder de vista.

Dispõe bem!

Pena foi que, antes de vermos o quarto, começassem logo a pedir o pagamento da estadia, em dólares e, obrigatoriamente, em notas novas.

Indispõe!

Claro que as minudências culturais não podem ser levadas muito a sério. Até porque, se o fizéssemos, nunca sairíamos de casa e, mesmo aí…

Voltando a Ngapali Beach; a grande animação é o passeio na praia (a perder de vista), a gastronomia, o sol quente e a compra de pechinchas aos vendedores locais. Quem quiser encontrar bares, discotecas e afins, deve escolher outro destino. Para os mais gulosos, fica a dica de que a lagosta, em quantidade mais do que suficiente para empanturrar, é a dois euros.

Relativamente à estadia, as imagens falam por si.


Chegada ao Hotel em Ngapali Beach



Vista de um quarto do Hotel



Vista geral






Se alguém conseguir manufacturar estes bancos, com cabeças de vaca, eu compro!