Chegar a Bagan é entrar noutra dimensão temporal. Bicicletas, cabras, cavalos enchem as ruas onde o verdadeiro luxo é a motorizada. Perdidos no meio de uma vegetação seca adormeceram centenas de monumentos. Alguns mantêm a função religiosa mas, a maioria, tornou-se pequenos mercados familiares onde a perseguição ao turista, apesar de não agressiva, é intensa.
Mas isso foi ao segundo dia. A chegada ao hotel serviu para lidar com outras diferenças culturais. Uma multidão de Israelitas, fanáticos religiosos, tinham ocupado o espaço todo e contrastavam, na exuberância das suas manifestações, com os calmos e pacatos budistas e irritavam verdadeiramente os que, esfomeados, apenas queriam silêncio e uma refeição. Nada disso foi possível.
Bagan deve ser vista com calma. Deve-se tentar entrar no movimento lento local e espreguiçar ao sol nos “bares” locais e deitar no topo dos templos a contemplar o planalto. Deve-se andar de carroça ou bicicleta e sentir o bafo quente da terra.
Assim fizemos, entrando nos templos sempre que o calor era em excesso.
São centenas de templos, todos com dimensões e formas diferentes. Alguns não passam de pequenas “stupas” onde repousam antepassados daquele povo cansado de guerras, fome e ditadura. Outros, são autênticas cidadelas cheias de labirintos e estátuas de Budas imensas. Por todo o lado pinturas e baixo-relevo misturados com mensagens actuais e pejadas de assinaturas de anónimos que detestam essa condição.
O povo de Bagan sobrevive da agricultura, enche os mercados de produtos coloridos e é mestre no artesanato. Sobretudo no trabalho em madeira, ferro e pintura.
Centro de Bagan
Jovem em Bagan
Templos
Templos
Templos
Templos originais em madeira.
Templo
Venda, casa e bar
Mercado em Templo
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