- Ó Maria sabias da "ressaibiada" da Joana que anda metida com o Manel da mercearia?
- Não Maria, não sabia! Até pensava que tu é que andavas metida com ele. Pelo menos foi o que a Joana me disse.
É mais ou menos assim que nós vemos o fenómeno: coisa de mulheres mal amadas e pouco ocupadas.
Estamos errados!
A história começa sempre que alguém não percebe alguma coisa ou, pior ainda, quando lendo os indícios pensa que consegue reconstruir o panorama geral. Qual Maigret, Hercule Poirot ou Inspector Martelada, o génio da dedução constrói a realidade com base no seu apurado raciocínio.
Comporta-se como um cão de caça! Só não alça a pata contra uma arvore!
Depois da dedução a coisa corre por si. Uma palavra aqui, meia frase acolá, um subentendido oportuno ou um encolher de ombros na altura certa e a ideia corre célere e vai aumentando. A festa de hoje torna-se numa orgia, a discussão pontual numa batalha sangrenta e a cobardia do momento num acto heróico.
É a lei da vida do boato! Corre e cresce!
As vitimas da boataria não têm grande defesa. Até porque, normalmente, há uma espécie de auto-defesa que evita que a história chegue ao próprio. Não havendo hipótese de desmentido, a ideia continua e corre o sério risco de se tornar "verdade" à luz da "sabedoria popular".
E todos sabemos como os incultos apreciam a sabedoria popular e a lei do ditado: "onde há fumo há fogo!".
Nem por isso! Nem o boato é feminino, nem a repetição de uma mentira a torna verdade. É falso, também, que a sabedoria popular é lei.
Senão vejamos:
- Ó home! Sabes porque é que o Dr. já não escreve no Blog sobre o Furtado?
- Nope!
- O Furtado foi ter com ele e disse que se ele escrevesse contava o que sabia sobre ele!
É claro que se segue uma cara de entendido e bem informado. Como quem diz que as suas fontes são as melhores e que o Furtado é teso e que o Dr. "Amouchou".
O ouvinte, depois de ficar momentâneamente atoleimado reconsidera e, provavelmente dirá:
- Porra! O Furtado é teso!
E a verdade? Como ficamos no meio desta história? O que tem o Dr. a dizer?
O que esperavam? O costume:
Barda merda para a conversa e para quem a reproduz, para quem a inventou, para o Furtado e para quem pensa que sabe o que quer que seja.
Um bom dia para todos, e viva o Pico!
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