A mercearia do Monte devia ter horário alargado. Como não tem, os cigarros tiveram de ser comprados na Madalena.
A noite está óptima e a "gangada" estava toda na esplanada do Clube Naval. A conversa era boa, as piadas fáceis e, quando assim é, vamos ficando.
Assim fiz!
A conversa girou de forma descontraida e os tiques da "malta", sendo conhecidos, são mote para as melhores piadas e confidencias. Trocam-se galhardetes e ironias.
Rimo-nos o suficiente!
Por vezes, a chegada de "estranhos" faz descambar as coisas e as "piadas de caserna" tornam-se mais frequentes. É uma forma de afirmar e consolidar o grupo.
Assim foi…parcialmente. Ou melhor; pouco ou, mesmo, quase nada!
Chegaram estranhos que afirmaram, confirmaram e reafirmaram numa dança frenética de borboleta à volta da sua própria luz. O can-can, a valsa, o malhão ou o solidó são meros acompanhantes para tão estilosos e estilizados virtuosos. O resto vive para adorar e admirar as suas performances.
De forma solidária, sem ser condescendente, o pessoal manteve a boa disposição. Sem chacotas possíveis nem desmentidos bombásticos, lá fomos saboreando as vitórias intelectuais que, não sendo nossas, também não eram de ninguém. Não houve pés à frente de tão perfeito bailado.
E como seria fácil provocar o tropeção e a cabeçada.
Ninguém o fez, sabendo que qualquer um o poderia fazer.
Porquê?
Maturidade!
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