sexta-feira, fevereiro 01, 2008

A ida para Roatan

A ideia era seguir de Guatemala City para a ilha de Roatan, nas Honduras. A viagem era via San Salvador. O voo era quase directo e o tempo de espera pela ligação de pouco mais de 30 minutos. Qualquer atraso ligeiro no voo, que vinha de Chicago, era suficiente para nos fazer perder a ligação.

Claro que perdemos a ligação.

Só que o facto já era sabido à saída da Guatemala. Por isso não havia direito a qualquer apoio por parte da companhia aérea, diziam eles. Depois de muito argumentar lá conseguimos uma promessa de que tudo correria bem em San Salvador.

Sem grande contentamento, decidimos seguir viagem.

À chegada a San Salvador, para grande surpresa nossa, verificamos que tinha dado tempo para apanhar a ligação, caso fossemos passageiros em trânsito. No entanto, para passar alfandegas, levantar bagagens e fazer check in, era impossível despachar a tempo de seguir para a ilha.

Como quando se está de férias as coisas parecem sempre um bocado menos más, pelo menos às vezes assim é, não demos grande importância ao facto e lá fomos porta fora à procura do nosso nome numa placa de hotel, cortesia da TACA. Lemos tudo, até as letras pequenas e nada. Não constávamos em nenhuma lista.

O passo seguinte é o óbvio discurso do grande chefe da TACA no aeroporto de San Salvador.

Népias, nada para ninguém, que dava tempo!

Pois sim. Este não conhece a bravura dos portugueses. Não assistiu à forma decidida com que o sargento “não sei quê” da GNR pegou na pequena Esmeralda e pôs-se a milhas, nunca ouviu o Sousa Veloso e o Júlio Isidro, desconhece a garra do Toy e do Quim Barreiros e, sobretudo, não percebe a história do menino, estrela de TV que, de carteirinha em punho e casaco de peles virou célebre porque, dizem, a mãe mandou limpar o sebo ao pai e, com a coragem de uma leoa, assumiu a ribalta com desenvoltura.

Ficaram a conhecer!

Hotel de 5 estrelas, táxis, refeições e chamadas telefónicas, tudo na conta da TACA.

A cidade de San Salvador é muito parecida com a capital Guatemalteca. A única diferença é que o centro é menos histórico e há mais música nas ruas.

No dia seguinte Roatan!

É só praia! Calor, água quente e fraca Internet. Que mais se pode desejar, depois dos quilómetros já feitos?

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