sábado, dezembro 30, 2006

Brevemente

Brevemente saiba tudo sobre o rato da Câmara, chamado carinhosamente "o Vice" pelos seus adeptos, que engorda, sobremaneira, a marfar papeis seleccionados.

Um exemplo de recolha selectiva! Não é amor?

Agradecimento

Agradeço ao Governo dos Estados Unidos da América a grande lição que nos está a tentar dar neste final de ano, com a execução de Sadam, e que tem como ensinamento o seguinte:

É fazer o que apetece, quando estamos na mó de cima, porque o resto do Mundo é nada.

Quem tem o poder determina a moral!

Fico ansioso à espera que a grande potência mundial seja a Indonesia para ver o resultado dos julgamentos dos líderes os EUA relativamente ao Chile, Angola, Iraque e, porque não, Hiroshima...e etc.

É que esta cena dá montes de voltas...

Como diria a velhota de Cabreiros, minha amiga de sempre:

Que os pariu!

Ano Novo

Forte cena!

Lá vem outro!

Ainda há quem se admire que os nossos votos sejam que o próximo, ao menos, não seja pior que o anterior. Forte hipocrisia quando essas duvidas vêm das altas patentes do poder instituído.

Raio que os parta, hipócritas!

A nossa figura de meros figurantes, neste cenário heróico cheio de mefistifófeles, mascarados de povo, é pouco menos do que a figura da Minie engatada pelo Pato Donald…

Já estava escrito!

E assim, como o Manco Inca, do alto de Macho Picchu, resta-nos verificar o fim do império. Lá em baixo, vestido de espanhol, está o estado e a carga fiscal e o raio que os parta a todos, à espera de descobrir onde é que escondemos o desgraçado do amarelo e reluzente ouro.

Procurem debaixo da cama….safados!

É a lei do mais forte. Tal como o fogo reduz a cinzas a madeira, como a pedra parte o osso, como a tesoura corta o papel e como a água tira a sede, também o exército da função pública aniquilou a classe média baixa desta banheira grande que se chama Portugal.

O mais engraçado é que, atrás do Torquemada que nos persegue, está uma multidão confiante de média e alta burguesia que, enriquecida com o fim das classes abaixo, não se apercebe do que o líder rumina e expele entre dentes:

São como o peru…deixa-os engordar que vão a seguir!

Por isso vos digo:

Que o próximo não seja pior que este que, por sua vez, foi péssimo!

Quanto aos votos locais e regionais:

Desculpem-me mas, ao pensar nos figurantes e artistas principais, deu-me um ataque de riso tão grande que fiquei sem palavras!

domingo, dezembro 24, 2006

Votos...

Desejo a todos os meus amigos e visitantes ocasionais um Natal cheio de luz e de boas direcções.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

A fotografia

Está tudo lindo!

Um sol quente, um céu azul e um clima de boa vontade geral. As renas (o velho Rodolfo com o nariz de bebedola), o pai natal (que não enruga de ano para ano), a musica nos altifalantes da Vila (Gingambé! Gingambé!) e os embrulhos acumulados. Montes de embrulhos! Para os nossos, para os dos outros e para os mais ou menos.

Uma festa!

Tal é a alegria que o contágio passa com mais facilidade do que a gripe. Bons dias, acenos e cartões são a manifestação mais comum da epidemia.

Já recebi o desejo de boas festas do senhor presidente da Câmara, do senhor deputado Hernâni e até do senhor presidente do Governo Regional. Este último tinha como brinde uma fotografia do casal e montes de números, de quadros e de gráficos.

Alegria! Alegria!

Estamos quase ricos e tem melhorado tudo. Que prendinha melhor poderíamos esperar nesta quadra?

Não me ocorre!

E foi com a euforia do momento perfeito que liguei à minha amiga para partilhar cumprimentos e exclamações de circunstância:

- Olá! Etecetra e tal e boas festas! Tudo bem?
- Olá! E tal e coisa, tudo bem! Vou fazer uma mamografia mas em princípio está tudo bem.
- Ok! Ok! Ainda bem que estás bem! Fazes muito bem em controlar essas “cenas”. Para quando?
- Marcaram-me para daqui a dez (10) meses!
- Dez quê???

Despedi-me meio à pressa e tomei uma decisão. Este ano não penduro a fotografia por cima do armário da cozinha!

terça-feira, dezembro 19, 2006

Culturas

Nunca pensei concordar com tal afirmação mas, vendo bem, até que há um fundo de verdade. Refiro-me à expressão utilizada na reunião da Assembleia da Câmara segundo a qual: “temos excesso de cultura!”.

Assim mesmo, sem papas na língua nem tentativas de minimizar o impacto. É claro que sem contexto a frase é absurda mas, se soubermos que foi proferida após a listagem infinita de donativos, empréstimos e apoios, passamos a perceber o significado.

Não faz muito sentido que uma Câmara que diz que não tem verbas para “mandar cantar um cego” e que até voltou a ameaçar com o encerramento das festas do Concelho, distribua o que tem sem obedecer a um critério rigoroso para além do dos 40 amigos do Ali Baba:

“Já que aquele levou o outro também tem de levar”!

Mera sobrevivência!

Voltando ao tema, temos de facto, excesso de cultura de reprodução. Muita etnografia e pouca criatividade.

Falta-nos cultura de produção.

Sendo polémica e quase desesperada a afirmação, porque demonstra uma frustração pelo desgaste do erário público sem que haja retorno evidente, pode ser objecto de reflexão e ponto de partida para uma política séria nessa área.

Qualquer modelo, mesmo que experimental, é melhor do que a sua ausência.

Um bom ponto de partida seria, também, o entendimento entre a política local e a regional. Poderia ser proposto, por exemplo, que fosse criado um fundo de apoio às colectividades, gerido pelo Governo Regional através de delegados nas Ilhas, que se norteasse pelos princípios das boas práticas.

Não sei se estão a ver? Assim uma coisa do mesmo género do desporto!

Poderia, por exemplo, criar-se um Museu do Vinho, na Ilha do Pico. Até poderia ser nas instalações onde costumam fazer umas festarolas e onde os “baladeiros” locais, quando lhes apetece mostrar o seu virtuosismo, fazem uns “get together” para umas cantorias e uns copos. O sítio até que é bom porque tem para lá umas tralhas que têm a ver com o vinho e com a vinha.

Enfim, e nada tendo com a polémica do aborto, mais produção e menos reprodução, seria um bom mote!

domingo, dezembro 17, 2006

O formato

Estava convencido, assim como muitos com quem tenho falado sobre o assunto, de que o final da festa das vindimas tinha a ver com a animosidade mais ou menos declarada existente entre o ex-vereador da CMM e o actual vice-presidente. Pensava que se tratava de uma atitude faraónica, no sentido em que os selos dos anteriores eram assimilados pelos mais recentes, de forma a que a memória fosse apagada.

Enganei-me!

Ouvi, nos discursos da última Assembleia de Câmara, a verdadeira explicação:

“O formato da festa não funcionava!”

Os mais ingénuos pensarão que a frase está completa mas enganam-se. De facto, ao não manter a festa na mesma data, alterando o formato, leva-nos a concluir que o verdadeiro sentido da ideia implica a reformulação da frase:

“O formato da festa não funcionava, naquela data!”

A Câmara sabia disso e alterou a data!

Também não funcionou!

Se calhar porque uma festa do vinho tem mais sentido se for realizada no período das vindimas. Pelo menos é assim por esse país fora.

Assim sendo, para o ano, aconselho o retorno à data primeira. Se calhar fazia sentido a alteração do formato, já que em relação à data pouco podemos fazer. A não ser que, com a coragem e visão que os nossos autarcas têm revelado, decidam benzer a data. Expurgar os demónios do insucesso e exorcizar os fantasmas da mediocridade.

Sei que começam já a equacionar a vinda de shamans, de tarólogos e de padres especialistas no assunto. Prevejo excursões à santa da ladeira e cartas ao vidente Mamadu.

Não há necessidade!

Basta pensar no assunto!

sexta-feira, dezembro 15, 2006

O caminho!

É quase uma maratona radiofónica a transmissão em directo da Assembleia de Câmara. De tal maneira é animada e frutífera que deveria ser de audição obrigatória.

É que, através desse exercício de paciência abnegada, podemos saber em que direcção caminha o nosso Concelho e quais são as estratégias de investimento para o bem comum. Para isso basta ouvir a longa lista das realizações do executivo camarário.

E ouvimos com satisfação e orgulho.

Uma taça para a Associação de Futebol da Horta!
Uma representação mais para o sr. Vice Presidente que tinha livres cinco minutos nas quartas feiras!
Um jantar para os jovens da Noruega!
Uns trocos para o Candelária e para o FCM!
Uma vedação para a Escola Profissional!
Uma viagem para este, outra para aquele e outra, ainda, para aqueloutro!
Emprestamos a Psicóloga!

E por ai fora numa lista interminável de feitos relevantes para o nosso Concelho, todos do mesmo género, que desta forma se pode orgulhar da sua plena integração no espírito de Natal e na filosofia de desenvolvimento dos restantes pares europeus.

Incluindo a Turquia!

Também gostei muito, apesar de não ter percebido bem a principio, da organização de um “curso de palhetas”. Foi, digamos assim, um momento muito alto no discurso do Sr. Presidente.

Fiquei a saber, também, que os presentes gostavam que o poder se deslocasse de vez em quando às freguesias. É uma boa ideia, sem dúvida!

Só achei piada foi que acrescentassem:

- A gente vê-vos por lá….mas é só nas festas e jantaradas!

Marotos!

Quanto à síntese final, relativa ao tal caminho para o futuro, quem a fez melhor foi a rádio Pico ao terminar com uma musica que dizia: “We are on a road to nowhere”!

Ou seja:

Cá vamos para nenhures!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Reflexões...

É muito confortável acabar uma etapa da vida e ter uma passadeira vermelha a fazer a ligação com a fase seguinte. Sem dúvida que é um privilégio.

Acabar os estudos, sejam eles médios ou superiores, e apresentar-se lavadinho para o emprego que o aguarda é o sonho de muita gente.

Cada um sonha o que pode!

Na nossa terra, através do pai, do padrinho ou do amigo da tia, é prática comum a criação de “cargos” mais ou menos privilegiados no sector público, para integrar os filhos pródigos. Esta prática vai tão longe que chega a incluir os familiares e amigos de outros jovens profissionais do desporto que prestam “comissão de serviço” nos nossos clubes. Estes chegam mesmo a ultrapassar alguns locais cujos pais, padrinhos e amigos da tia estão fora do circuito da decisão.

Enfim, este seria outro assunto!

Estas práticas, apesar de serem confortáveis para os jovens, têm um efeito perverso e negativo na dinâmica da terra. Ao encaminhar directamente para a função pública a maioria da nossa juventude, estamos a criar fortes entraves ao crescimento e desenvolvimento da Ilha. Por um lado porque “engordamos” uma função pública já “obesa” e com pouca dinâmica profissional, perpetuando a noção de “emprego” em que a segurança monetária se sobrepõe à importância da realização profissional. Esta dinâmica cria, também, laços de dependência impeditivos do exercício da crítica e, consequentemente, do desenvolvimento de novas ideias e práticas, perpetuando a mediocridade instituída.

Por outro lado, estamos a retirar “massa crítica” ao sector privado e a impedir a integração criativa e inovadora dos jovens num sistema que deveria ser continuamente enriquecido com as novas gerações.

Desta forma, mantemos um sector privado ultrapassado e sem capacidade de sobrevivência a longo prazo.

Se adicionarmos à equação o facto de estes jovens, devido à estabilidade financeira oferecida, mergulharem, de imediato, na “escravatura” bancária e empenharem o seu salário pelos próximos 30 ou 40 anos, a troco de uma casa “agigantada” e um ou dois carros de “boa marca”, verificamos que o resultado é catastrófico para o sector privado, por vários motivos:

Para além da sua não renovação e do não aparecimento de novas áreas de investimento (salvam-se raras e aplaudidas excepções, claro!), ficamos com uma classe consumidora que dança na fronteira da “banca rota”.

Do ponto de vista do poder instituído e do sector associativo, esta situação é deveras funcional porque permite a perpetuação do regime de conveniências instalado.

Do ponto de vista social, é um desastre!

Na prática, ficamos com uma Ilha cinzenta, com pouca oferta e com uma procura tímida. Ficamos, também, com uma classe dirigente cada vez mais arrogante. Do tipo:

- Não sabes quem eu sou?
- Sabes com quem te estás a meter?

Se não alterarmos a mentalidade nunca mais saímos do ridículo.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Bola baixa

Entre insultos, ameaças e outros estilos menos literários cá vamos andando com níveis baixos de stress.

Graças a Deus!

Curiosamente não sou o único alvo dessas exaltações psico-sociais. A malta da “bola” e da política também tem uma parte significativa neste bolo indigesto.

Pouco habituado a dividir as atenções dos comentários, fiquei com curiosidade em saber a causa de tal frenesim. Nada mais simples. A origem do motim está, como não podia deixar de ser, no futebol.

O ex-treinador do Futebol Clube da Madalena deu uma entrevista ao Ilha Maior, do mesmo tipo do livro da ex-mulher do Pinto da Costa.

É claro que só o futebol poderia mobilizar tanto as massas críticas da terra.

Aqui tenho um problema que me impede de participar na guerra das palavras e me obriga a ser mero espectador atento. Um problema muito simples: percebo pouco de futebol em geral e quase nada da vida do FCM. Limito-me a acompanhar pelo jornal os seus resultados.

Apesar desse facto, percebo alguma coisa de estratégia e, por isso, tenho as minhas opiniões:

- A entrevista dada agora, tanto tempo depois da saída do treinador, parece-me fora do contexto e ter objectivos muito específicos de manipulação das atitudes da actual direcção.
- Sendo assim, é óbvio que alguém estará por trás dessa entrevista e pretende alterar a situação do FCM.
- Sabendo que o “condicionamento dos textos” (antigamente chamava-se censura) ainda é uma prática no Ilha Maior, a responsabilidade só pode ser atribuída à direcção do Jornal.

Por outro lado, preferia uma piscina aquecida, um parque radical (para bicicletas skates e afins), luz no parque infantil, um auditório, o reordenamento urbano da vila, entre outros, do que um FCM que oscila na classificação como um ió-ió descontrolado ao sabor da disponibilidade financeira da Câmara.

Em síntese, prefiro um investimento sério nas camadas jovens, mesmo que isso implique um Madalena mal classificado, porque é a única forma de, no futuro, termos uma equipa competitiva. É sabido que a Câmara não pode continuar a ser um elemento de destabilização da equipa devido ao facto de não garantir um fluxo contínuo de verbas.

A Câmara que trate da autarquia e a direcção do FCM que trate do futebol!

Assim sendo, do meu ponto de vista, só quando tivermos um número razoável de jogadores da terra é que teremos uma equipa estável, porque financeiramente viável.

Seguindo esta linha de raciocínio empresarial, os treinadores que mantêm os jogadores locais afastados do campo, até podem ter óptimos resultados a curto prazo mas, a médio e longo prazo, como se está a verificar, provocam problemas sérios.

Os treinadores, a este nível competitivo, deveriam estar ao serviço do crescimento e desenvolvimento do Clube e não dos resultados imediatos.

Se mais provas fossem necessárias da incapacidade de manter estruturas caríssimas, constituídas apenas com “craques” importados, bastava ver o caso do Candelária e de outras modalidades da Ilha.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Cenas tristes

Para dizer a verdade, não tremo de indignação ao saber das obras “clandestinas autorizadas” existentes na nossa Madalena. Não me incomoda particularmente o licenciamento de infra-estruturas após o seu funcionamento nem os acrescentos da empresa Rui Pereira, nem outros casos que pululam junto da “entourage” da elite do poder.

Encaro como resquícios de uma certa nostalgia do passado caciquista e rural que define a classe dirigente local. Casos desses, verificamos nos dois lados da barricada. Tanto o PS como o PSD estendem uma larga tenda de circo sobre os seus amigos e familiares e, tal época natalícia continuada, distribuem facilidades e cargos pelos presentes.

Assim foi na Escola Profissional, assim foi no Museu e assim é em muitos outros sítios!

Para mim não passam de cenas deprimentes. Um pouco como palhaços tristes a tentar receber algumas palmas e reconhecimento em troca de mímicas gastas.

Uma tristeza, mais do que uma indignidade. Até porque, a necessidade deste tipo de favores, a continuidade desta pandilha de “bons malandros”, apenas demonstra a falta de qualidade global que nos cerca.

Enfim, que lhes faça bom proveito!

Irrita-me muito mais a perseguição. O ataque personalizado a quem não sofreu o baptismo das mesmas águas (ou vinhos). Chateia-me deveras o embargo rápido a quem tenta construir e investir na Madalena, apenas porque se esqueceu de retirar o chapéu e fazer a vénia aos pobres desgraçados que, apesar de incapazes, estão nos poderes locais.

Aqui sim, o cenário é deprimente. Um misto de Kumba Yalá e de Mobutu vai decidindo, de forma impulsiva e primária, que tem direito a quê neste reino de faz de conta.

Seria de esperar mais! Seria de esperar muito mais!

sábado, dezembro 02, 2006

Na onda...

Normalmente ligo puco aos sinais. Decido sair de casa, ou fazer alguma coisa, em função da minha vontade. Quanto muito consulto a meteorologia.

Para variar, hoje experimentei a astrologia. É claro e simples: se és do signo Peixes, não fales de coisas negativas!

Está lá escrito com as letras todas.

Portanto, estamos conversados.

Nem falo do eventual encerrameto do "Beco" nem das construções "clandestinas autorizadas" na zona industrial.

Hoje é só boa onda!