terça-feira, abril 22, 2008

Absurdo

As vezes encontramos no baú coisas sérias. Outras vezes encontramos coisas cuja seriedade é diferente.

Hoje encontrei uma história absurda.


Cá vai:


Marca branca, redonda, em fundo negro. Igual às iguais… dezenas de iguais. Todas certas. Brancas. Redondas. Como numa melodia trauteada por um maestro distraído.

Pensei em contá-las.

Desisti na nonagésima!

Não por tédio nem por monotonia, mas sim por respeito. Pareceu-me herético determinar uma geometria tão perfeita de originalidade vulgar. Tão original como o ordinário mais ordinário consegue ser quando os olhos do observador se abrem pela primeira vez.

Nunca tinha sentido rima tão perfeita.

Avancei cauteloso a mão direita, sem saber se teria coragem para decifrar a textura que se me oferecia.

Parei no arranque.

Pensei em pêssegos, framboesas, luz e contraste, antecipando o sentido mágico do momento.

Lembrei-me do início e vou contar!

Era terça ou quarta-feira do meio de um mês frio. As vagas ultrapassavam facilmente as tentativas vãs da teleobjectiva que tentava aprisionar o momento. Lembro-me de ter pensado que o momento que captamos é sempre o seguinte e nunca aquele que queremos. Pensava desta forma quando ouvi uma melodia conhecida, vulgar na altura, mas que estava a ser trauteada de forma nova, diferente. Lembro-me de ter pensado que não havia nada mais invulgar do que a vulgaridade redecorada.

Olhei para o meu lado esquerdo, estava sentado numa rocha a olhar para o mar, e vi uma jovem, muito jovem e desconhecida, que me acenava de dentro de umas luvas grossas de lã….vulgares.

- Olá! Disse-ma uma voz incaracterística, num tom cantado que marcava uma personalidade simpática.

- Olá! Pensei baixo, soltando um som inaudível.

E fui pensando, na velocidade a que o meu pensamento me habituara, como seria bom encontrar o imprevisível. Alguém que, mesmo bem conhecido, nos surpreendesse no dia a dia, não deixando por isso de ser familiar. E pensei em pormenores. Em pijamas, em noitadas, em carícias e em amor. Arrufos novos dentro de problemas velhos.

E disse alto:

- É uma grande responsabilidade para quem tem tão poucos anos.

- É a história da minha vida! Respondeu-me a mesma voz, agora num tom acima, surpreendentemente maduro.

- De que falas, rapariga?

- Falo do mar que bate sempre no mesmo sítio com força diferente, falo do céu que brilha todas as noites com combinações diferentes, falo dos caminhos iguais que percorremos todos os dias com passadas diferentes e falo das cores com que nos cobrimos sempre com disposições diferentes. Falo de nós e aceito a responsabilidade.

Sorri céptico e voltei a olhar na direcção do mar. Lembro-me de ter pensado que o mar estava diferente: mais furioso, mais azul e mais liquido.

Sorri, creio que de satisfação irónica. Disparei mais uma fotografia e, mais uma vez, captei o momento errado.

Na lente lá estavam as manchas redondas, uniformes.

Recomecei!

Noventa e um…

segunda-feira, abril 07, 2008

New York

Por vezes acabar um ciclo custa mais do que vive-lo ou começar um novo. Não pelos afectos, saudosismos ou medo de avançar. Simplesmente pela “espuma dos dias”, como chamava Boris Vian às rotinas que, mesmo estranhas, são arrastadas na inércia do declínio.

Outra forma de dizer as coisas é chamar-lhes os nomes reais. Neste caso, fez-se o fim do ciclo tardiamente por uma simples razão: preguiça.

Instalação de artista Chinês no MOMA
Loja da Apple na 5ª Avenida
Vista geral
Gostei do cartaz

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

terça-feira, fevereiro 19, 2008

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Miami Boat Show (para os aficionados)

O boat show ainda está a ser montado (começa a 14/2). "Clicando" nas fotos, ficam maiores.








Miami - Art Deco

Miami Ink "working"





Vistas do apartamento de Miami



Aprendendo Inglês no aeroporto de Belize City


Placencia

Detalhe dos quartos no Turttle In
Varanda dos quartos Turttle Inn
Vista das lagoas interiores em Placencia
O "escondidinho" bem camuflado
Transito na pista de Placencia
Sinalização no Turttle Inn
O mar do Hotel
Uma das piscinas e um quarto no Turttle Inn

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

7 Fev. Miami

Depois de quatro "alevantamentos" e outras tantas aterragens, chegamos a Miami.
Fogo! Que confusão de gente e lojas e carros e barulho e tudo.
Bora mas é dormir.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

6 Fev. Placencia

Não há muita a dizer quando se passa os dias de "papo" para o ar a apanhar sol. Claro que podia contar como o crocodilo me ia comendo o pé direito ou como os mosquitos iam comendo o resto mas, fica para depois. Amanhã "teco-teco" até Dangriga e depois até Belize city, para seguir, "num grande" até Miami.
Vamos perder as eleições gerais de amanha mas confiamos que correrá tudo pelo melhor.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Prémio dos comentários

Ontem tive um comentário que ganhou todos os prémios possiveis. Dizia, em bom inglês dos "states", mais ou menos o seguinte:

Bela viagem! Antes estar ai do que aqui nos states a fugir da policia, como eu estou.

Brilhante!

3 Fev. 2008 (Placencia sem palavras)

Aerodromo de Placencia visto do avião (tem um caneiro para a judar!)
O "nosso" avião
Resort em Placencia (por 40 euros noite aluga-se uma destas cabanas na praia)
Casa em Placencia (proprietario daltónico, concerteza!)
Outra opção, o memso colorido.
Recanto para almoçar ou jantar junto ao mar.