segunda-feira, março 19, 2007

Ngapali Beach

Numa cultura do “naperon” e da flor de plástico, é natural que o conceito de estética e de conforto se reduza à imponência da obra, ao volume do asfalto e à urbanização desenfreada. Mostramos, desta maneira, que a sociedade vive e transpira pujança.

É um erro cultural.

Em caso de dúvida sobre as capacidades do investidor e do decisor, opto sempre pelo menor esforço; zero de transpirações.

Até porque, o que fica no final é o odor!

No que diz respeito ao turismo, a equação é similar. Ter um belo espaço geográfico pode ser, por si só, um factor de desenvolvimento e de crescimento. O fundamental é que se consiga mostrar ao Mundo aquilo que temos. O importante é, afinal, uma divulgação inteligente e de bom gosto.

É claro que não falo de “gosto” no sentido gastronómico. Não me refiro à distribuição de linguiça na BTL.

Há casos reais que nos podem servir de modelo. Por exemplo, para chegar a Ngapali Beach temos de voar numa das três companhias aéreas Birmanesas e, tipo roleta russa, escolher o “perigo menor”. Para se chegar ao destino faz-se uma escala a Norte, para depois, então, regressar a sul.

É pouco convidativo!

Mas piora! Não se aceitam cartões de crédito (há que levar dólares), não há táxis no aeroporto e as carrinhas dos hotéis já passaram o prazo de validade há muito tempo.

A grande surpresa é que os hotéis estão cheios de gente de todas as nacionalidades.

O motivo para que tal aconteça, e aqui é que está a lição, é que a praia é óptima, a natureza está preservada e os hotéis são de grande qualidade.

Que mais se quer em férias?



Para se chegar a Ngapali Beach e apreciar estes cenários...





...a melhor opção é a Air Bagan. Em seis voos só avariou uma vez!



À chegada, espera-nos o charme da antiguidade. Pouco confortável mas muito original.





sábado, março 17, 2007

Ir ou não ir...

Há uma discussão, quase a nível global, sobre a atitude correcta em relação à visita turística a Myanmar (Birmânia). A avaliar pelo número de turistas que se encontra por lá, julgo que tem prevalecido a opinião segundo a qual visitar aquele País é errado.

Ou isso, ou há um certo medo de rumar ao desconhecido.

Apurar a verdadeira causa não é relevante. O que é importante é analisar os motivos pelos quais os adeptos do “não” reclamam a sua razão.

A base da convicção assenta apenas em argumentos políticos e, como de costume, deixa de lado a questão da necessidade de um povo que vive em condições precárias e a quem dá muito jeito a entrada de alguns dólares (ou euros ou yenes ou seja lá o que for).

Assim; o argumento base, para não ir a Myanmar, diz que se trata de uma ditadura, que o povo tem medo de dar a sua opinião por causa das represálias, que há meia dúzia que manda com braço de ferro e que se aproveita das riquezas do País e que os concursos públicos são só para os filhos da elite local (este último acrescento eu para que o quadro fique completo).

Pois…

Parece impossível que ainda haja lugares assim, tão atrasados e com gentes tão imbecis.

Já devem estar a perguntar: Porque não se revoltam? Porque não mudam o sistema?

Lá as coisas correm mansas porque a religião ensina a mansidão. São Budistas!

Noutros sítios é, se calhar, por outros motivos. De qualquer forma não é da minha competência explicar os males do mundo e, muito menos, resolvê-los.

A mim bastam-me as minhas “escrituras”.

Fotos de Yangoon:








quarta-feira, março 14, 2007

Mundos

É sempre bom saber, não vá o destino mandar-nos para o fim do Mundo, que em Yangoon (ex-Rangoon), ex capital de Myanmar (ex-Burma e ex-Birmânia), há hotelaria de qualidade.
Bom serviço, conforto e muita simpatia. Uma surpresa muito agradável!

O Pansea (foto 1) é, sem duvida, a melhor opção.

A aposta em turismo de qualidade, em detrimento da quantidade, é uma boa ideia a aplicar na nossa Ilha.