sábado, julho 29, 2006

Gentes

Há, sem dúvida, todo o género de pessoas. Uns irritantes, outros nem por isso. Uns são snobs, outros simples nos sentimentos e pouco importados com a hipocrisia do bem lidar e bem-fazer, vão despejando os pensamentos em forma de letras. Estes também podem ser irritantes, sobretudo para os outros.

De todos, os piores são os que defendem a causa pública. Sem mandato nem batina, auto proclamam-se representantes e paladinos da causa popular.

Que desperdício, que inutilidade, que fútil exercício de auto importância impertinente. É que, ao fazê-lo, tão inchados da sua inteligência e capacidade interpretativa, nem reparam que atestam a menoridade daqueles que pretendem defender.

- Coitadinhos “deles”, são iletrados!

É a primeira exclamação dos quixotes narcisos, pouco franciscanos, que refiro.
A sua especialidade é, como não podia deixar de ser, a dialéctica política e a demagogia social. A sua especialidade; terrorismo populista.

- Coitados, não tiveram hipótese!

Afirmam preparando uma “rede de solidariedade social” baseada na cristã caridade.

Entretanto escondem-se atrás dos muros, atiram pedras e, num repente levantam-se, de braço erguido e dedo esticado gritando:

- Foi aquele! Eu vi! Insultou o povo! Às armas! Às armas!

Ridículo…

Outro aspecto característico desta espécie é a facilidade em criar leis e normalizar os comportamentos em função dos seus parâmetros, nada ecléticos:

- Três vegetais são uma sopa!
- Três peixes um cardume!
- Três piadas um achincalho!
- Três ironias um cinismo!
- Três sacudidelas um orgasmo!

Quanto aqueles que, supostamente são defendidos; fizeram o 25 de Abril, a revolução Francesa, derrubaram os Czares e, no entretanto, não prescindem de enfiar o dedo indicador na narina, sempre que a ociosidade lhes morde os calcanhares.

Eu limito-me a observar e registar!

sexta-feira, julho 28, 2006

Erros meus

Tenho escrito aconselhando que se fizessem estudos sérios sobre o trânsito de passageiros, de forma a obter dados incontestados que nos permitissem exigir o aumento de voos para a Ilha do Pico.

Erro meu, conforme me fizeram lembrar alguns comentadores, que agora admito.

Essas tretas da ciência e dos números implicam contas complicadas e isso é, sem dúvida, uma mariquice.

Os Picarotos não vão nessas cenas! Aliás, este espírito prático não é recente.

Vejamos: no Volume 3 dos anais da família Dabney, na página 35, está escrito o seguinte: “As pessoa do Valverde estavam a invocar bênçãos sobre nós por termos trazido a chuva há muito desejada. (O povo do Pico tinha uma tradição de que chovia sempre que tentávamos subir ao cume.)”.

Por isso, vamos mandar a ciência e a capacidade de argumentação às urtigas e vamos enviar uma delegação para falar com o ministro.

Vai ser mais ou menos assim:

- Ehhh Óme, o sr. Tá bunzinho? A gente tava na adega mais o sr. padre e o sr. presidente e mais outros que também mandam, a comer um belo “crongo” e a gente fomos aqui mandados para pedir mais aviões pró Pico.

Diz outro:

- Pois! É que as malas ficaram atrás e foram 70 para o Faial!

Diz outro, ainda:

- O meu primo que trabalha na “fustral” ia nesse!

O último acrescenta:

- Nós temos muita gente para andar nessa vida. Só lá em casa somo dez. Dois estão acamados, cinco nunca saíram do Pico, uma é pequena e a minha mulher só faz o que lhe digo. Quer dizer….pelo menos eu já fui ao médico a Lisboa. Temos que ter mais voos!

A conversa podia continuar páginas e páginas.

Se não conseguirmos mais voos desta maneira, ao menos poderemos conseguir reforço da alfabetização de adultos.

Assim seja!

Obscenidades 1

Conheço as tascas todas do burgo. Com os amigos vamos correndo os cantos todos da Vila à procura do melhor espaço para largar a âncora e desfiar o nosso rosário. De Verão, o prato forte são as esplanadas.

Já estivemos, fora de horas, em todas elas. Até porque somos difíceis de expulsar se a noite estiver amena e a conversa for agradável.

Nunca, que eu saiba, os proprietários tiveram de pagar por esse nosso prazer.

História antiga!

Agora, que o dono de um bar ascendeu a um ilustre cargo da Câmara Municipal, as esplanadas da concorrência pagam a factura.

Uma delas, a melhor, teve uma multa passada pela Câmara de aproximadamente 500 contos (não euros), por estar aberta um pouco após a hora de encerramento.

É obsceno e vergonhoso!

terça-feira, julho 25, 2006

Transportes e turismo

Há várias discussões públicas sobre temas fervilhantes que nos interessam a todos. Dois deles, eventualmente ligados, não evoluem a favor dos Picarotos devido, sobretudo, à falta de competência, capacidade de inovação e de trabalho das ditas “forças vivas” da terra.

Refiro-me aos transportes e ao turismo. Mais concretamente; à necessidade de rever a politica de transportes marítimos e ao aumento do número de transportes aéreos de e para a nossa Ilha. Refiro-me, também, à necessidade de regulamentar o turismo; definir prioridades, embelezar a costa, limpar a montanha, definir regras para o campismo (melhor seria construir um parque) e inventariar necessidades (de número e tipo de camas, de serviços e de restauração), etc..

Para fazer este trabalho, que só aparentemente é difícil, o primeiro passo é quantificar o turismo e, posteriormente, defini-lo nas suas características sócio económicas, etárias, de localização geográfica, entre outros. Muito importante seria, também, saber a sua opinião sobre a Ilha e sobre a qualidade dos serviços que lhes é oferecido (vendido!).

Sem uma “fotografia” objectiva da realidade, qualquer medida que se tome corre o risco de se revelar num desperdício de verbas e num contributo para aumentar a desorientação que, neste momento, caracteriza os sectores (transporte e turismo).

Sendo questões do interesse geral, não seria absurdo uma ligação entre as respectivas Secretarias, a Câmara Municipal e a Associação de Comerciantes da Madalena, entre outros.

A tarefa é simples:

Estando os turistas estão aí, basta lançar um inquérito, para obtermos uma imagem real da nossa situação actual e ficarmos com dados objectivos que nos permitam exigir mais e melhores transportes.

É claro que se derem a tarefa à prima do tio do deputado que casou com o neto do vereador e que até é boa rapariga e fala línguas mas não percebe muito de números, o resultado é o do costume:

- Zero!!!

segunda-feira, julho 24, 2006

Altamente!

Em geral, as festas têm sido grandiosas!

Temos visto todo o tipo de atracções que têm exercido uma influência benéfica na capacidade artística dos nossos conterrâneos. Ele é o artesanato, a pintura, o Karaoke e o play back. Ele é, também, a dança, a passerelle, a gastronomia e o piropo. De tudo temos tido nestas abençoadas festas.

O que provoca tal desabrochar de talentos é sem dúvida a visita de grandes nomes internacionais. Temos sido visitados por Malta de perto da Murtosa que engole fogo, o people de Alfornelos que arranca sons inconcebíveis das cordas vocais afinadas, um grupo de luta amadora composto pelos anões de Santa Comba Dão, contorcionistas da Buraca, pastores dos vários reinos dos Anjos vindos directamente da selva Amazónica, a maltosa da Damaia especialistas em provas de vinho… e de cerveja… e tudo o resto.

Sei lá o que mais! A lista é interminável.

Lamentamos a não vinda dos irmãos gémeos da Covilhã (todos sabemos como as coisas são entre irmãos!) e a ausência do grupo de pulgas saltadoras de Mondim (parece que a estrela da companhia partiu a pata que dava mais impulso).

Cá por mim diverti-me!

E não fui só eu. Ainda ontem perguntei à Maria:

- Que tal a rave no passal?
- Tá demais! Tão dois à porrada! Um no chão e o outro a dar-lhe pontapés! Ahh, é verdade, tá um a tentar vomitar e não consegue!
- Graças a Deus!

Depois foi o fogo. Feito à imagem da encomenda. Foi prometendo, ao som de música meio sacra meio profana, e acabou por terminar manso, sem êxtase nem glória. Cá para mim, foram preliminares a mais! A escolha musical foi muito boa na medida em que, sendo a mesma dos outros anos e das outras festas, a gente já se habituou.

Da próxima mandem tudo pró ar de uma vez! Mais vale um gosto na vida…

P.S. - Festas de espuma na discoteca, depois da visita das tascas é uma ideia altamente inovadora, na medida em que permite lavar a roupinha de domingo que a gente vestiu para levar à festa. Pró ano é preciso ir mais longe e arrojar: Festa do sabão e da escova de dentes (por via da linguiça!).

P.S. 2 - O Enfeitar os caminhos com a bosta dos cavalos também foi fixe! Deu para aliviar as dores dos artelhos depois de horas em asfalto duro. Deu, também, para relembrar a nossa ruralidade. Alargue-se a iniciativa ao resto da Vila!

domingo, julho 23, 2006

E-mail

Recebi um e-mail que, se estivesse assinado, estaria no lugar deste Post. Como não tem carimbo nem chancela, fica nos comentários. Dá para ler na mesma...

sábado, julho 22, 2006

Ai minha mãe!

Nos dias de bruma, como hoje, em que não corre uma brisa e o mais pequeno passo aumenta em proporções épicas a sudação, nada melhor do que o exercício intra craniano.

Do rol de vantagens destaco algumas:
diminui odores, refresca a auto estima e permite que as espécies façam aquilo para que foram destinadas…evoluam!

Hoje, entre a admiração profunda dos ilhéus artificiais que os serviços do ambiente colocaram no porto do Pocinho e as braçadas cautelosas em seu redor, fui-me admirando com a inércia geral da nossa terra. Aquela falta de movimento e capacidade de resmungo frontal que, no fundo, lembram o que de mais por cá se produz:

As mansas vacas!

É claro que a resposta jocosa apontaria para a substituição da expressão heróica de “a dura terra isolada na imensidão do Oceano” por “aquela terra é a mansidão do Oceano!”.

Largando pensamentos simplistas de Verão, há que interpretar, do ponto de vista filosófico, o fenómeno da latente inércia de quadrantes de charneira da nossa terra.

Sabendo que a coragem é definida em termos axiológicos pela dualidade testicular, não na perspectiva interpretativa mas sim de conteúdo, podemos concluir que, a simples existência, sem cuidados geográficos (do tipo “no sítio!) ou inexistência de exigências de substância, significa, sem necessidade de maiores e melhores explanações, que a inexistência predomina sobre a existência.

Sei que esta conclusão carece de estudos laboratoriais e que não explica a diminuição de Açores (o pássaro) em detrimento do aumento das pombinhas. Sei, no entanto, que poderá ser um grande contributo para a explicação do sistema matriarcal em que vivemos.

sexta-feira, julho 14, 2006

Ao paleio com Madalena

Sempre que estou de passagem sinto, como uma obrigação, a necessidade de visitar e admirar Madalena.

Assim tenho feito e, com assombro, verificado a evolução que consegue, sempre, ultrapassar as minhas piores expectativas.

Lá estava ela com as suas artérias congestionadas, um enorme buraco na testa (tratado a martelo e betão), o seu ridículo chapéuzinho amarelo e a nova tiara deslumbrante cheia de tacinhas a imitar a do mundial de Berlin.

- Como vais hoje? Atirei à pobre maltratada que não vê maneira de lhe decretarem o divórcio e poder desabrochar como merece.

- Mal! Não vês que me acrescentaram um apêndice que me corta a vista e aumenta o terrível ar de meretriz que já não era pequeno. Meteram-me, no único canto mais ou menos cuidado que tinha, uma CVR!

- Uma Cicatriz Verdadeiramente Reles?

- Não! Uma Certeira Vergastada no Rosto!

- Quem foi o animal?

- Procura no rol daqueles que largaram o pálio pela pelo paleio. Vê na lista dos heróis que transformaram o basalto em pão e que agora, vítimas da sede, tentam o mesmo truque, a mesma magia, produzindo, desta feita, o doce néctar das novas castas.

- Sacanas!

- Não te enerves que a coisa vai melhorar. Vou organizar uma festa e já me encomendaram os vestidos. Vou ficar coberta de negro, em tecidos novos e nobres. Acho que lhe chamam plástico. Todos acham que vou ficar muito vistosa!

- Gente de bom gosto….

quarta-feira, julho 12, 2006

As Luzes da Madalena

Estas são as luzes que definem a Madalena. Aquelas que nos tornam cegos quando olhamos para o seu desleixo e desalinho. Aqui vislumbramos a sua alma e perdoamos os seus defeitos.







terça-feira, julho 11, 2006

As luzes da Madalena

Mais roliça do que gorda, Madalena não era vaidosa. Pelo contrário, marcada no corpo pelo esforço de viver, Madalena, outrora gentil menina, era agora uma senhora cansada dos abusos da miséria, que deixava a sua aparência espelhar os anos que por si passavam e o abandono a que tinha sido votada. E sentia-os muito. Sentia-os sempre a dobrar.

Das pregas do corpo exalava o cheiro das lides. O cheiro da vida remediada que tornava o ar carregado de estrugido, de suor e de terra. Madalena tinha-se habituado e gostava. Gostava mesmo quando o odor a peixe se sobrepunha aos gritos do matrimónio conturbado e, forte, perdurava para além de qualquer reconciliação apressada e do prazer fugaz que se consumava, de pé, mesmo ali, agarrada ao fogão. Na sua simplicidade, pensava que era o cheiro natural do amor.

Madalena era um ser generoso que esculpia a sua vida a partir dos nadas que a compunham. Sonhava momentos de perfeição e nem as maiores calamidades a despertavam do seu torpor. Vivia alegre na sua ignorância e na incapacidade de vislumbrar para além do seu quintal.

Naquele dia mirava ao espelho a pele franzida, as marcas profundas de quem nunca teve o que merecia e desenhava no ar o contorno das borbulhas, a adiposidade das ancas e as varizes que lhe coloriam de púrpura as pernas grossas.

Gostou das cores e sentiu a vontade arrebatadora de se tornar bonita. Imaginou uma vida de luz e de cor que escondesse o cinzento da seu dia a dia miserável. Um clarão que apagasse da memória, para sempre, o traço do seu corpo abusado.

Madalena era empreendedora.

Laboriosa trabalhou sem parar até construir um mundo de luzes mirabolante. Ao fundo da sua memória foi buscar todas as imagens que a tinham feito feliz. Simples como era, as imagens sucederam-se em quantidade tal que quase comprometiam a sua capacidade de trabalho. Conchas, sardinhas, faróis, cata ventos, carrinhos de feira, até uma cartomante e um senhor de quem ela já não se lembrava mas que sabia que tinha sido generoso. Todo o seu imaginário foi transformado em estátuas de luz.

E foi assim, desleixada e cansada que aguardou o marido. Sorria contente, antecipando o início da vida nova. Perdida na claridade, Madalena suspirava pelo amor que não conhecia mas que, no fundo, acreditava existir.

Mal a porta bateu, Madalena, trémula de excitação, não se controlou e correu pesada ao encontro do seu destino.

- Olá!
- Olá!
- Gostas?
- Apaga a luz!
- Porquê?
- És feia!

Na pressa de agradar, incapaz de contradizer quem tanto lhe dava, Madalena captou o momento. Depois, com uma ligeireza que desconhecia, Madalena apagou a luz.


segunda-feira, julho 10, 2006

Ontem doeu-me o peito

Definhasse-me o corpo colado à alma cansada. Tenho sensações que desconhecia e dores que nunca tive. Definhamos os dois a um ritmo descontrolado que não vemos.

Vacilo!

Entre os apagares possíveis escolho o meu.
O fechar do sol no esplendor do mar, azul como o verão dos anos que se repetem!
Azul como este que me diverte!
Quente como os sentimentos que desperta!

Dói-me!

Dói-me a vida que não vejo e cansa-me o cansaço que adivinho. Respiro o ar que não sinto e, mais uma vez, vacilo. Vacilo, cambaleio, desespero e, sem folgo, vacilo de novo.

Apertasse-me o peito em dores que não tenho.

Sinto!

Tenho na mão o frágil sentimento. A saudade, a perda e, acima de tudo, a lágrima cansada que escorre solta do fundo da minha alma. Sou o ser deserto que decide.

Dói-me mais, muito mais!

Dói-me a decisão que não tomei e que sei inevitável. Dói-me a vida que escorre na ponta dos meus dedos e que, afinal, também é a minha.

A morte, essa, pouco me assusta! Com ela lido desde que lido!

E, como sempre, consciente dos momentos e do poder de os controlar, afasto o medo que se me aloja no corpo.

Não na alma!

Nunca na alma!

Mas dói-me. Dói-me muito!

Dói-me a dúvida da decisão e a certeza do fim. Dói-me no peito o fim que não é meu. Arde-me na garganta o olhar inocente de quem espera a minha decisão.

Ó como dói a certeza da incerteza. Como arde a impossibilidade de mudar o tempo e de voltar atrás na decisão.

E, na crua luz, apenas vejo o olhar assustado de quem depende do meu cansaço.

Trémulo, fraco, agonizante, olhas-me com o perdão que não me consigo dar.

Sinto-te como me sentes:

Perto, apertado, uno!

Sinto-te como me sinto… morto!

sexta-feira, julho 07, 2006

Sete a cinco

Escreve Mónica Franco, jornalista da revista Evasões que voou até “aos nossos belos arquipélagos para provar que o que é insular é (muito) bom!”.

Para comprovar a afirmação, escolheu “doze paraísos no meio do mar”… “Cercados de azul, cada um destes hotéis oferece uma estada de excepção”.

Sem surpresas, a Madeira ganhou-nos por sete a cinco.

Sendo a Madeira um destino turístico com uma tradição enorme e andando as “nove ilhas” a gatinhar neste tema (por vezes a chafurdar, mas isso é outra conversa), até que o “score” final não é nada desanimador.

Antes que desate tudo a gritar que isso em nada nos interessa porque “os turistas abalam todos para São Miguel” acrescento, sem demoras, que os eleitos dos Açores foram: três da Terceira, um de São Miguel e um do Pico.

Até que é bom fazer boa figura de vez em quando!

(para os mais curiosos: ver Evasões nº 99 de Julho de 2006)

Portugal/França

Recebi um e-mail que faz uma síntese do sentimento português relativamente ao resutado do jogo das meias finais.

Diz o seguinte:

"Egalité, fraternité, vancefudê"

Simples mas profundo.

De qualquer maneira não nos podemos esquecer que as quatro melhores equipas são europeias e nós somos os melhores da europa (a Grécia não se classificou para o mundial).
Logo...

Apelo à vossa lógica aristotélica para concluir que somos os melhores do mundo.

domingo, julho 02, 2006

Marazul (eu)

Venha a França!

Bandarra

Não foi nem santo nem heroe,
mas Deus sagrou com Seu signal
este, cujo coração foi
não portuguez mas Portugal.

Camões

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Scolari

"Sinto-me com vontade de voltar a ser campeão do mundo"

Fernando Pessoa

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te portuguez..
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!