Nos dias de bruma, como hoje, em que não corre uma brisa e o mais pequeno passo aumenta em proporções épicas a sudação, nada melhor do que o exercício intra craniano.
Do rol de vantagens destaco algumas:
diminui odores, refresca a auto estima e permite que as espécies façam aquilo para que foram destinadas…evoluam!
Hoje, entre a admiração profunda dos ilhéus artificiais que os serviços do ambiente colocaram no porto do Pocinho e as braçadas cautelosas em seu redor, fui-me admirando com a inércia geral da nossa terra. Aquela falta de movimento e capacidade de resmungo frontal que, no fundo, lembram o que de mais por cá se produz:
As mansas vacas!
É claro que a resposta jocosa apontaria para a substituição da expressão heróica de “a dura terra isolada na imensidão do Oceano” por “aquela terra é a mansidão do Oceano!”.
Largando pensamentos simplistas de Verão, há que interpretar, do ponto de vista filosófico, o fenómeno da latente inércia de quadrantes de charneira da nossa terra.
Sabendo que a coragem é definida em termos axiológicos pela dualidade testicular, não na perspectiva interpretativa mas sim de conteúdo, podemos concluir que, a simples existência, sem cuidados geográficos (do tipo “no sítio!) ou inexistência de exigências de substância, significa, sem necessidade de maiores e melhores explanações, que a inexistência predomina sobre a existência.
Sei que esta conclusão carece de estudos laboratoriais e que não explica a diminuição de Açores (o pássaro) em detrimento do aumento das pombinhas. Sei, no entanto, que poderá ser um grande contributo para a explicação do sistema matriarcal em que vivemos.
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