Para dizer a verdade, não tremo de indignação ao saber das obras “clandestinas autorizadas” existentes na nossa Madalena. Não me incomoda particularmente o licenciamento de infra-estruturas após o seu funcionamento nem os acrescentos da empresa Rui Pereira, nem outros casos que pululam junto da “entourage” da elite do poder.
Encaro como resquícios de uma certa nostalgia do passado caciquista e rural que define a classe dirigente local. Casos desses, verificamos nos dois lados da barricada. Tanto o PS como o PSD estendem uma larga tenda de circo sobre os seus amigos e familiares e, tal época natalícia continuada, distribuem facilidades e cargos pelos presentes.
Assim foi na Escola Profissional, assim foi no Museu e assim é em muitos outros sítios!
Para mim não passam de cenas deprimentes. Um pouco como palhaços tristes a tentar receber algumas palmas e reconhecimento em troca de mímicas gastas.
Uma tristeza, mais do que uma indignidade. Até porque, a necessidade deste tipo de favores, a continuidade desta pandilha de “bons malandros”, apenas demonstra a falta de qualidade global que nos cerca.
Enfim, que lhes faça bom proveito!
Irrita-me muito mais a perseguição. O ataque personalizado a quem não sofreu o baptismo das mesmas águas (ou vinhos). Chateia-me deveras o embargo rápido a quem tenta construir e investir na Madalena, apenas porque se esqueceu de retirar o chapéu e fazer a vénia aos pobres desgraçados que, apesar de incapazes, estão nos poderes locais.
Aqui sim, o cenário é deprimente. Um misto de Kumba Yalá e de Mobutu vai decidindo, de forma impulsiva e primária, que tem direito a quê neste reino de faz de conta.
Seria de esperar mais! Seria de esperar muito mais!
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