Estava convencido, assim como muitos com quem tenho falado sobre o assunto, de que o final da festa das vindimas tinha a ver com a animosidade mais ou menos declarada existente entre o ex-vereador da CMM e o actual vice-presidente. Pensava que se tratava de uma atitude faraónica, no sentido em que os selos dos anteriores eram assimilados pelos mais recentes, de forma a que a memória fosse apagada.
Enganei-me!
Ouvi, nos discursos da última Assembleia de Câmara, a verdadeira explicação:
“O formato da festa não funcionava!”
Os mais ingénuos pensarão que a frase está completa mas enganam-se. De facto, ao não manter a festa na mesma data, alterando o formato, leva-nos a concluir que o verdadeiro sentido da ideia implica a reformulação da frase:
“O formato da festa não funcionava, naquela data!”
A Câmara sabia disso e alterou a data!
Também não funcionou!
Se calhar porque uma festa do vinho tem mais sentido se for realizada no período das vindimas. Pelo menos é assim por esse país fora.
Assim sendo, para o ano, aconselho o retorno à data primeira. Se calhar fazia sentido a alteração do formato, já que em relação à data pouco podemos fazer. A não ser que, com a coragem e visão que os nossos autarcas têm revelado, decidam benzer a data. Expurgar os demónios do insucesso e exorcizar os fantasmas da mediocridade.
Sei que começam já a equacionar a vinda de shamans, de tarólogos e de padres especialistas no assunto. Prevejo excursões à santa da ladeira e cartas ao vidente Mamadu.
Não há necessidade!
Basta pensar no assunto!
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