Está tudo lindo!
Um sol quente, um céu azul e um clima de boa vontade geral. As renas (o velho Rodolfo com o nariz de bebedola), o pai natal (que não enruga de ano para ano), a musica nos altifalantes da Vila (Gingambé! Gingambé!) e os embrulhos acumulados. Montes de embrulhos! Para os nossos, para os dos outros e para os mais ou menos.
Uma festa!
Tal é a alegria que o contágio passa com mais facilidade do que a gripe. Bons dias, acenos e cartões são a manifestação mais comum da epidemia.
Já recebi o desejo de boas festas do senhor presidente da Câmara, do senhor deputado Hernâni e até do senhor presidente do Governo Regional. Este último tinha como brinde uma fotografia do casal e montes de números, de quadros e de gráficos.
Alegria! Alegria!
Estamos quase ricos e tem melhorado tudo. Que prendinha melhor poderíamos esperar nesta quadra?
Não me ocorre!
E foi com a euforia do momento perfeito que liguei à minha amiga para partilhar cumprimentos e exclamações de circunstância:
- Olá! Etecetra e tal e boas festas! Tudo bem?
- Olá! E tal e coisa, tudo bem! Vou fazer uma mamografia mas em princípio está tudo bem.
- Ok! Ok! Ainda bem que estás bem! Fazes muito bem em controlar essas “cenas”. Para quando?
- Marcaram-me para daqui a dez (10) meses!
- Dez quê???
Despedi-me meio à pressa e tomei uma decisão. Este ano não penduro a fotografia por cima do armário da cozinha!
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