Há um apelo grande pelas alturas. As pessoas gostam de conquistar obstáculos e, dessa forma, sentir que a vida ainda pulsa, com vitalidade, no interior dos seus invólucros. O prazer da caminhada e da subida, no entanto, não se esgota na chegada “esbafurida” ao cume nem na corrida desenfreada para a base.
Pelo contrário. Há todo um conjunto de preliminares e de rituais posteriores que aumentam o factor simbólico e aguçam as sensações do “conquistador” de cumes. Sentir o ambiente, sorver o oxigénio rarefeito, vencer a tontura do abismo ou, simplesmente, contemplar a paisagem distante e reduzida.
Tudo isto é possível em quase todos os pontos altos do planeta. Desde às margens do lago Titicaca, às ruínas de Machu Pichu, na base do Potala, no monte kenya, passando por destinos mais prosaicos. Todos eles têm um acampamento, uma pensão, uma hospedaria ou um hotel de várias estrelas.
Pensar o Pico, como terra de futuro, passa por alargar os horizontes e tentar ver mais longe. Não permitir que a sombra do velho vulcão diminua o espaço visual.
A casa da montanha, apesar de ainda não ser uma realidade, já é insuficiente para oferecer um serviço completo e permitir uma melhor divulgação do Pico.
É tempo de, em anexo à casa da Montanha, pensar numa estrutura que permita albergar visitantes que queiram usufruir daquele espaço mítico, longe do mar e da gente.
Um espaço que permita dormir no vulcão.
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