O ano passado, por esta altura, escrevi isto:
O sol espreita frio, o mar amansa e o Pico mostra-se na sua grandeza insolente. Sentimos uma pequena mudança no tempo e corremos para os calções, chinelos e protectores solares.
É o Verão? Quem dera!
A água Atlântica ainda não convida à comunhão mas os homens vão fazendo os preparativos. Começam as festas que animam toda a Ilha durante os próximos meses.
Uma das primeiras é aquela que, do ponto de vista social e cultural, tem mais significado de todas. Não se rendeu ao plástico e à cassete marada e mantém duas características únicas:
É uma festa comunitária e faz uma procissão no mar.
É comunitária porque, ao som do foguete, lançado a horas que cortam a possibilidade de descanso, os voluntários correm para o mar e aí se perdem horas a fio para extrair das águas o peixe que, transformado em caldo, será consumido em conjunto. Todas as tarefas são distribuidas pelos habitantes após meses de preparação e deliberação. Trata-se de uma comunidade viva, que coopera e realiza uma celebração da sua existência.
Este ano esteve em risco a componente comunitária que a distingue de todas as outras festas.
Ainda bem que tal não aconteceu.
Parabéns Areia Larga!
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