segunda-feira, novembro 13, 2006

Aberto pelo balanço!

A linguagem do pensamento não transcrita torna-se numa vontade não concretizável. Esperava que o meu balanço fosse calmo como numa viagem de comboio em primeira classe. Isto é, nem empurrões nem altas sonoridades deveriam impedir o meu merecido descanso. Sem interferências haveria de acordar quando a biblioteca estivesse vazia, ou quando o olhar apurado observasse a pobre realidade ou, na melhor das hipóteses, quando me apetecesse.

Saiu-me na sorte um passeio de traineira em mar cavado.

Balancei, balancei, balancei e voltei a balançar, quase até ao enjoo!

Não existe gravidade no facto. Mesmo não sendo marinheiro experiente, a Taprobana manteve-se distante e as sereias, mesmo as oficiais, apenas cantaram sonoridades de festa popular num triste karaoke de artistas desconhecidos e irreconhecíveis. Nada que desperte o espanto e o encanto a quem navega de olhos abertos.

Apesar da troca imprevista no transporte que me tem arrastado nos últimos meses, nada de irreal poderia levar ao acordar irritado. Apenas o balanço provocado pelo encontrão poderia provocar o distúrbio. E, infelizmente, assim foi!

Acordei!

Bom dia a todos!

Sem comentários: