Vão os Órgãos Sociais da Santa Casa da Misericórdia reunir proximamente, creio que no dia vinte e dois deste mês.
Fico com muita curiosidade relativamente a dois assuntos que considero da maior importância para a comunidade e de extrema delicadeza e sensibilidade para a própria Instituição.
Refiro-me, em primeiro lugar, ao abandono das “irmãs”, mandadas retirar pela sua Ordem, devido à incompatibilidade entre os seus ideais de caridade e solidariedade e as práticas da Santa Casa da Misericórdia da Madalena. Referimo-nos a pessoas que desempenhavam um papel fundamental no funcionamento da Instituição e cujas motivações nada têm de obscuro.
É fundamental um esclarecimento público dos motivos que as levaram a abandonar as tarefas que desempenhavam com abnegação e altruísmo. O habitual silêncio e impunidade que norteiam o secretismo da gestão daquela Instituição não podem ser impostos neste caso que, pela sua dimensão e implicações, diz respeito a todos nós, amigos e familiares daqueles que se encontram a viver naquelas instalações.
Em segundo lugar, afigura-se muito interessante a discussão sobre a manutenção do cargo do Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Madalena. De facto, ao abrigo dos estatutos daquela irmandade (artigo 10º) os irmãos que “perderem a boa reputação moral e social….” Ou que “perfilham atitudes hostis ao espírito tradicional da caridade cristã” devem ser excluídos da Irmandade.
Sabendo que a reputação moral e social do Provedor anda um bocado abalada e que a sua noção de caridade cristã se manifesta através da violência e da perseguição daqueles que o contrariam, apenas vejo duas soluções para esta situação delicada:
A exclusão da irmandade do Provedor, com justa causa ou;
O seu sincero arrependimento relativamente à sua conduta debochada, violenta e vingativa materializada num pedido de desculpas formal, por escrito, a publicar em toda a comunicação social local, dirigido à população em geral.
Não há nada mais bonito do que a humildade cristã e o verdadeiro arrependimento. Aliás, só este redime, em Instituições desta natureza.
Caso assim não seja, que alguém diga ao sr, Provedor, com verdadeiro amor cristão:
-Vamos para casa, amor!
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