Soubemos, através de artigo publicado no Jornal "O Correio dos Açores" (02/01/2005) que o "património" móvel das igrejas açorianas está a ser devastado" e que "o restauro é feito com materiais impróprios e muitas peças, como orgãos de pedais, por exemplo, acabam no lixo". As revelações foram feitas à jornalista Lobélia Duarte pelo mestre organeiro Dinarte Machado.
Segundo as declarações deste senhor, a Igreja da Madalena tem exemplos das duas asneiras:
1- "vi peças de altares coladas à parede com uma espuma que se usa nos frigoríficos e outras coisas semelhantes" (não especifica quais).
2- "O harmónio da igreja da Madalena do Pico acabou no lixo".
Somos alertados, também para outra asneira que está em vias de ser cometida na Igreja de São João em que o altar está protegido apenas com um plástico enquanto se preparam para destruir o tecto com uma grua.
Não contava que estes fenómenos de vandalismo institucional continuassem a acontecer depois do pelouro da cultura ter sido chamado a si, pelo nosso presidente do Governo.
É claro que sabemos que estes factos têm, geralmente, várias interpretações. Por isso, ficamos à espera das explicações da autoridades competentes: Igreja, Autarquia e Governo.
Proponho um debate na Rádio Pico na "hora da Câmara" uma vez que esta é a legítima voz da Madalena. Que não fique muda quando mais a queremos ouvir.
Já agora, uma vez que falamos da igreja da Madalena, congratulo-me com o facto de o espaço estar a ser utilizado para fins culturais (concertos). É muito mais do que a maioria dos responsáveis pela cultura do Concelho têm feito.
Sugiro, apenas, que protejam melhor o holofote que ilumina a fachada norte do edifício, uma vez que a sua actual direcção fere os olhos aos condutores que entram na Vila, vindos do lado do hospital.