A dona do Hotel Santo Tomas tem, de certeza, mais de setenta anos e arrasta, ligeira, a corcunda que a coluna doente lhe tem acentuado ao longo dos anos. Tem um batalhão de empregados que escova e limpa todos os recantos do antigo mosteiro e conhece pelo nome todos os fantasmas do edifício.
Simpática e conversadora chama os empregados pelo nome, agradece aos hóspedes a visita e distribui senhas para o quarto de banho aos turistas que, não tendo ficado lá, procuram a seu cuidado nos detalhes.
Durante os dias de mercado, o hotel está abarrotar de gente. Vêm para os “sanitários”, vêm ao restaurante ou ao bar e vêm, sobretudo, ser fotografados com as catatuas e ver a imensa colecção de arte sacra e popular que se espalha pelos inúmeros cantos do edifício, sem qualquer segurança ou fixação às paredes.
Nas vésperas dos dias de mercado, na semana santa e noutras datas mais ou menos definidas, os setenta e cinco quartos do hotel são todos ocupados. Nos restantes dias, a ocupação é baixa. Por vezes muito baixa. Isso não impede que as centenas de metros de corredor sejam encerados e que todos os quartos sejam abertos e arejados.
Ficamos alojados num dos dias de pouca afluência. Contei, no total, sete hóspedes divididos por quatro quartos. Às nove horas a recepção estava fechada, o bar fechou as portas e, mal acabaram as refeições, foi a vez do restaurante. A porta grande de madeira encerrou a casa e, là fora, ficaram dois guardas.
Estava frio, muito frio. Arranjamos quem nos trouxesse lenha para acender a lareira do quarto e dormimos no silêncio escuro de uma casa centenária que estala e sussurra ao ritmo da sua história.
Histórias boas, com certeza, porque o sono foi profundo.
Musica ao vivo à chegada ao HotelSimpática e conversadora chama os empregados pelo nome, agradece aos hóspedes a visita e distribui senhas para o quarto de banho aos turistas que, não tendo ficado lá, procuram a seu cuidado nos detalhes.
Durante os dias de mercado, o hotel está abarrotar de gente. Vêm para os “sanitários”, vêm ao restaurante ou ao bar e vêm, sobretudo, ser fotografados com as catatuas e ver a imensa colecção de arte sacra e popular que se espalha pelos inúmeros cantos do edifício, sem qualquer segurança ou fixação às paredes.
Nas vésperas dos dias de mercado, na semana santa e noutras datas mais ou menos definidas, os setenta e cinco quartos do hotel são todos ocupados. Nos restantes dias, a ocupação é baixa. Por vezes muito baixa. Isso não impede que as centenas de metros de corredor sejam encerados e que todos os quartos sejam abertos e arejados.
Ficamos alojados num dos dias de pouca afluência. Contei, no total, sete hóspedes divididos por quatro quartos. Às nove horas a recepção estava fechada, o bar fechou as portas e, mal acabaram as refeições, foi a vez do restaurante. A porta grande de madeira encerrou a casa e, là fora, ficaram dois guardas.
Estava frio, muito frio. Arranjamos quem nos trouxesse lenha para acender a lareira do quarto e dormimos no silêncio escuro de uma casa centenária que estala e sussurra ao ritmo da sua história.
Histórias boas, com certeza, porque o sono foi profundo.
Pátio interior
Pátio interior
Pátio interior com "bird"
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