Antigua, quatro da tarde. De passagem pela praça central da cidade, um palco gigante atrasou-nos os passos. Um grupo de calça branca e camisa vermelha prometia festa rija e muita salsa.
- Começa às quatro!
Respondeu o sonoplasta de serviço quando lhe perguntamos detalhes sobre o acontecimento. Nada nos preparou para a sequência. Por isso, depois de uma espera curta, sentamo-nos no jardim como vimos fazer os engraxadores de sapatos, as vendedoras de tecidos e doces e todo o povo que a preceito se preparava para a sessão solene.
E era mesmo!
Directo da cidade da Guatemala, via Satélite (como informou o chefe de cerimónias), para deleite do povo em geral, dos muitos polícias armados e do exercito que espreitava nas esquinas, íamos ter o privilegio de assistir, num plasma com pouco mais de 32 polegadas, preso quase no telhado do edifício da antiga sede do Governo, À tomada de posse do novo presidente Guatemalteco.
O discurso inflamado pedia palmas e vários populares acediam ao pedido com entusiasmo. Dois eram estrangeiros e o outro arrastava o passo e gesticulava errático.
Sem condescendências lá prosseguiu o protocolo e Álvaro Cólon Caballeros, acompanhado de “su distinguida spoza”, alheios aos toques de telemóvel, ao pigarrear constante e ao sussurro intermitente lá juraram, perante muitos e em particular o “conselho dos anciãos Maias”, cumprir “com amor patriótico” a tarefa que se adivinha dura.
Pudemos testemunhar algum nervosismo inicial no discurso do presidente que, com voz fraca, uma pequena deficiência na dicção e algumas indecisões iniciais, lá engrenou num discurso de grande optimismo.
Perante alguma impaciência dos presentes e numa manifestação de inteligência, o mestre-de-cerimónias lá tirou o som à televisão, que transmitia em directo e via satélite, e mandou avançar a malta do som. Foi assim que, com o presidente mudo como pano de fundo, os músicos se atiraram aos instrumentos fazendo bater o pé com alegria todos os presentes.
Pena foi que o frio de fim de tarde nos fizesse recuar. Perdemos a distribuição gratuita de um refrigerante e o aumento gradual, mas certo, da grande festa. Se calhar voltamos lá depois do jantar.
Antes disso, fica a ideia de uma cidade limpa, bonita e cheia de casas com exposições de arte e de museus vivos.
- Começa às quatro!
Respondeu o sonoplasta de serviço quando lhe perguntamos detalhes sobre o acontecimento. Nada nos preparou para a sequência. Por isso, depois de uma espera curta, sentamo-nos no jardim como vimos fazer os engraxadores de sapatos, as vendedoras de tecidos e doces e todo o povo que a preceito se preparava para a sessão solene.
E era mesmo!
Directo da cidade da Guatemala, via Satélite (como informou o chefe de cerimónias), para deleite do povo em geral, dos muitos polícias armados e do exercito que espreitava nas esquinas, íamos ter o privilegio de assistir, num plasma com pouco mais de 32 polegadas, preso quase no telhado do edifício da antiga sede do Governo, À tomada de posse do novo presidente Guatemalteco.
O discurso inflamado pedia palmas e vários populares acediam ao pedido com entusiasmo. Dois eram estrangeiros e o outro arrastava o passo e gesticulava errático.
Sem condescendências lá prosseguiu o protocolo e Álvaro Cólon Caballeros, acompanhado de “su distinguida spoza”, alheios aos toques de telemóvel, ao pigarrear constante e ao sussurro intermitente lá juraram, perante muitos e em particular o “conselho dos anciãos Maias”, cumprir “com amor patriótico” a tarefa que se adivinha dura.
Pudemos testemunhar algum nervosismo inicial no discurso do presidente que, com voz fraca, uma pequena deficiência na dicção e algumas indecisões iniciais, lá engrenou num discurso de grande optimismo.
Perante alguma impaciência dos presentes e numa manifestação de inteligência, o mestre-de-cerimónias lá tirou o som à televisão, que transmitia em directo e via satélite, e mandou avançar a malta do som. Foi assim que, com o presidente mudo como pano de fundo, os músicos se atiraram aos instrumentos fazendo bater o pé com alegria todos os presentes.
Pena foi que o frio de fim de tarde nos fizesse recuar. Perdemos a distribuição gratuita de um refrigerante e o aumento gradual, mas certo, da grande festa. Se calhar voltamos lá depois do jantar.
Antes disso, fica a ideia de uma cidade limpa, bonita e cheia de casas com exposições de arte e de museus vivos.
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