1
Edmin Hernandez, há doze anos “alcalde” de Águas Calientes, deixou-se cair no sofá do seu escritório, no palácio mais rico da Cidade. Na mão esquerda o líquido “grigo” que demorou cinco anos de mandato até aprender a gostar e que, agora já não conseguia deixar de beber em doses generosas diárias e, no pensamento, as obras feitas pelo povo do “Valle de Almolonga”. Povo duro e antipático, marcados pelo ferro da raridade. Eram os últimos “Kakchiquel do País.
- Orgulhosos e mal agradecidos!
Pensava o “Alcalde”, enquanto relembrava os feitos realizados em doze anos de poder indiscutível e apoiado pelo “Jefe de Securidad” da Região: um jardim com cem metros quadrados e equipado com bancos de madeira, a adaptação da cave do palácio a escola primária que quase tinha arrastado o Vice presidente para a sua inauguração, acompanhado da “orquestra 2000”, famosos “salseros e merenguistas” da capital, apoio às associações populares e, sobretudo, muita “plata” para os clubes da Cidade.
Ernandez, sob o lustre antigo que tinha comprado na capital e que tinha custado uma parte grande do fundo de reforma dos empregados do Município, pensava em voz alta enquanto admirava o seu brilho:
- Vou…mas vais comigo!
E fazia, de cabeça, o inventário das peças que podia esconder rapidamente e levar consigo, ainda não sabia para onde.
- Que má altura!
O negócio dos terrenos ainda não estava fechado e já tinha convencido vários “rurales” a vender a sua terra, com o pretexto de uma imaginária baixa do preço do café nos mercados do Mundo civilizado. Uma cidade satélite de Antigua crescia no papel.
- Que prejuízo!
Na mão trémula estava, ignorado, o pedaço de papel que provocou o abatimento do “Jefe”. Hernandez levantou o braço e releu:
- Raptamos tu “hija” Carmencita. Se te recandidatas, matamo-la!
Assinado: “Pueblo de San António àguas Calientes”
Edmir Hernandez, com mágua e com um peso no coração do tamanho do amor que tinha a “su hija Carmecita”, tomou uma decisão: Não se recandidatou!
2
Dom Juan Ramirez, orgulhoso e corajoso homem de armas, conquistou o seu título à força de espadeirada e cacetada. Porque iletrado, mantinha a expressão “de espada” a seguir ao seu título de “Capitão Donatário” de Antígua.
- Um orgulho! Gritava o bruto sempre que algum outro nobre sublinhava, arrastando a expressão, a sua origem popular.
Dom Juan fiscalizava a construção da parede exterior da nova cozinha do seu palácio, na Praça Central. O espaço era exíguo, entre duas fileiras de tijolos de barro, endurecidos no calor infernal dos fornos mandados construir, de propósito, para aquela obra. Tudo parecia quase pronto quando Dom Juan gritou:
- Tragam o “Hijo de puta”!
De imediato foi levado à sua presença, amarrado de pés e mãos, Jorge Gutierrez, que tinha cometido o supremo pecado e a mais infame estupidez: Para além de dormir com a “mujer” de Dom Juan, deixou-se apanhar em pleno acto de amor.
Dom Juan não pestanejou nem abriu a boca. Pegou no desgraçado pelo ombro e enfiou-o no meio da parede dupla. Com um olhar de aço, gritou:
- “Cerrem lo hijo de puta” !
……..
Quatro séculos depois, Dona Teresa de Betancurt, proprietária do “Café Condesa”, decidiu ampliar o negócio de “comedor” e abrir espaços para sentar os turistas que seguiam o rasto das suas iguarias.
Dona Teresa derrubou muros e, sem saber, libertou o pobre Gutierrez do seu longo e agoniante cativeiro. O corpo desfeito, largou uma alma amargurada e triste que, ainda hoje, nas noites de menos movimento, grita a sua fúria contra o destino maldoso que lhe roubou a vida tão cedo.
Conclusão: Em Antígua é boa ideia dormir no “Meson Panza Verde”, comer refeições ligeiras no “Café Condesa”, lanchar ou jantar comida Mexicana no “Frida´s Bar” (com net wi-fi de borla) e comer, mais pesado e comida tradicional no “Restaurante Fonda de Calle Real”. Para passear nos arredores da Cidade (se for longe deve pedir escolta da polícia (de borla), “Ciudad Vieja”, San Juan Obispo” e, claro está “San António Aguas Calientes”.
Edmin Hernandez, há doze anos “alcalde” de Águas Calientes, deixou-se cair no sofá do seu escritório, no palácio mais rico da Cidade. Na mão esquerda o líquido “grigo” que demorou cinco anos de mandato até aprender a gostar e que, agora já não conseguia deixar de beber em doses generosas diárias e, no pensamento, as obras feitas pelo povo do “Valle de Almolonga”. Povo duro e antipático, marcados pelo ferro da raridade. Eram os últimos “Kakchiquel do País.
- Orgulhosos e mal agradecidos!
Pensava o “Alcalde”, enquanto relembrava os feitos realizados em doze anos de poder indiscutível e apoiado pelo “Jefe de Securidad” da Região: um jardim com cem metros quadrados e equipado com bancos de madeira, a adaptação da cave do palácio a escola primária que quase tinha arrastado o Vice presidente para a sua inauguração, acompanhado da “orquestra 2000”, famosos “salseros e merenguistas” da capital, apoio às associações populares e, sobretudo, muita “plata” para os clubes da Cidade.
Ernandez, sob o lustre antigo que tinha comprado na capital e que tinha custado uma parte grande do fundo de reforma dos empregados do Município, pensava em voz alta enquanto admirava o seu brilho:
- Vou…mas vais comigo!
E fazia, de cabeça, o inventário das peças que podia esconder rapidamente e levar consigo, ainda não sabia para onde.
- Que má altura!
O negócio dos terrenos ainda não estava fechado e já tinha convencido vários “rurales” a vender a sua terra, com o pretexto de uma imaginária baixa do preço do café nos mercados do Mundo civilizado. Uma cidade satélite de Antigua crescia no papel.
- Que prejuízo!
Na mão trémula estava, ignorado, o pedaço de papel que provocou o abatimento do “Jefe”. Hernandez levantou o braço e releu:
- Raptamos tu “hija” Carmencita. Se te recandidatas, matamo-la!
Assinado: “Pueblo de San António àguas Calientes”
Edmir Hernandez, com mágua e com um peso no coração do tamanho do amor que tinha a “su hija Carmecita”, tomou uma decisão: Não se recandidatou!
2
Dom Juan Ramirez, orgulhoso e corajoso homem de armas, conquistou o seu título à força de espadeirada e cacetada. Porque iletrado, mantinha a expressão “de espada” a seguir ao seu título de “Capitão Donatário” de Antígua.
- Um orgulho! Gritava o bruto sempre que algum outro nobre sublinhava, arrastando a expressão, a sua origem popular.
Dom Juan fiscalizava a construção da parede exterior da nova cozinha do seu palácio, na Praça Central. O espaço era exíguo, entre duas fileiras de tijolos de barro, endurecidos no calor infernal dos fornos mandados construir, de propósito, para aquela obra. Tudo parecia quase pronto quando Dom Juan gritou:
- Tragam o “Hijo de puta”!
De imediato foi levado à sua presença, amarrado de pés e mãos, Jorge Gutierrez, que tinha cometido o supremo pecado e a mais infame estupidez: Para além de dormir com a “mujer” de Dom Juan, deixou-se apanhar em pleno acto de amor.
Dom Juan não pestanejou nem abriu a boca. Pegou no desgraçado pelo ombro e enfiou-o no meio da parede dupla. Com um olhar de aço, gritou:
- “Cerrem lo hijo de puta” !
……..
Quatro séculos depois, Dona Teresa de Betancurt, proprietária do “Café Condesa”, decidiu ampliar o negócio de “comedor” e abrir espaços para sentar os turistas que seguiam o rasto das suas iguarias.
Dona Teresa derrubou muros e, sem saber, libertou o pobre Gutierrez do seu longo e agoniante cativeiro. O corpo desfeito, largou uma alma amargurada e triste que, ainda hoje, nas noites de menos movimento, grita a sua fúria contra o destino maldoso que lhe roubou a vida tão cedo.
Conclusão: Em Antígua é boa ideia dormir no “Meson Panza Verde”, comer refeições ligeiras no “Café Condesa”, lanchar ou jantar comida Mexicana no “Frida´s Bar” (com net wi-fi de borla) e comer, mais pesado e comida tradicional no “Restaurante Fonda de Calle Real”. Para passear nos arredores da Cidade (se for longe deve pedir escolta da polícia (de borla), “Ciudad Vieja”, San Juan Obispo” e, claro está “San António Aguas Calientes”.
Cerveja Gallo
Guatemalteca
Praca Central de Antigua
Casas de Antigua
Transportes na Guatemala
"Ciudad Vieja"
Aguas Calientes....a tal
Sem comentários:
Enviar um comentário