domingo, janeiro 13, 2008

De Munique a Miami

Um amigo, chamemos-lhe assim por conveniência, recrutado pela Opus Dei e fanático das rezas, dizia-me a certa altura que aquilo que lhe custava encomendava a Deus.
Acho uma maneira fácil de ganhar créditos para a derradeira viagem mas, os especialistas são eles. Quer nas coisas do reino de cima, quer na questão dos créditos.

Pois seguindo esse conselho mercantilista, encomendo as últimas horas a causas nobres e profundas como, por exemplo, a iluminação divina dos nossos apagados políticos locais.

Óculos escuros já têm, por isso…venha o raio! (Se não os iluminar….que os parta!)

De facto eram sete e meia da manhã quando me levantei (em Munique) para ir jantar a Miami. Pelo meio, ficou uma odisseia de envergadura hercúlea.
Dez horas e meia de viagem até Charlotte, acompanhado de uma criança que oscilava entre o odioso e o mais odioso, gritando até que a voz lhe doesse (coisa que nunca aconteceu!). Acompanhando a partitura, tinha o “pestinha” um, mais idoso, cujo catarro nunca foi completamente controlado.

Outras peripécias foram acontecendo mas o seu valor foi relativizado com a irritação do concerto dado por este dueto.

Quer dizer que, cansado e mais para o furioso do que para o reconhecido, cheguei a Charlotte às 21h 30m caso a hora que contasse fosse a de partida (de Munique). mas népias! Eram no local de chegada, umas ridículas 15h e 30m. Como se não chegasse a fadiga, aumentava-se o dia. É claro que o rejuvenescimento provocado pela diferença horária não foi suficiente para aumentar a capacidade de resistência.

Há momentos em que não vale a pena racionalizar. Liga-se o piloto automático e espera-se pelo melhor.

Mais quatro horas em Charlotte à espera da ligação para Miami e mais duas horas e pouco até lá chegar, uma boa espera pela bagagem e pelo carro do Hotel e chega-se por volta das 23h 30. Nada demais se, na realidade, não fossem, para o organismo, na realidade, cinco e meia da manhã.

Como resultado final fica um maior espírito crítico em relação ao hotel e à sua higiene e, claro está, pede-se a mudança geral das roupas.

Foi-se o jantar em Miami mas fica o conhecimento: dos vários hotéis do aeroporto, não se volta a ficar no Whyndam.

O resto tem pouca importância, amanhã vou jantar à Guatemala.

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