domingo, março 13, 2005

Cartazes

Quem é limpo é-o mesmo no meio das condições mais adversas. Até dentro de uma pocilga o podemos identificar e dizer: aquele gajo é limpo!

Pelo contrário, quem é porco é porco em qualquer circunstância. Um verdadeiro porco é capaz de passar pelo meio das gotas da chuva, só para não ver alterado o seu estado geral de porcaria. Não há fatiota nem perfume que o disfarcem.

O nosso presidente da Câmara é um forte candidato a esta última categoria. É que ele tem de demonstrar o seu conceito de higiene em vários níveis: pessoalmente, em casa e no Município.

Quanto aos primeiros casos….quero lá saber! Não convivo, logo não sofro!

No que diz respeito aos espaços públicos a coisa fia mais fino. Tenho de aturar as consequências dos conceitos higiénicos do senhor presidente porque, afinal, ele é o grande decisor.

Não vou falar das garrafas na costa, do cheiro dos caixotes do lixo, nem dos montes de lixo que pululam pelos cantos. Refiro-me, apenas a uma coisinha muito simples e muito visível: aos outdoors da Madalena e arredores.

A prática comum é colocar os cartazes nos placards e esquecer o assunto. O mau tempo e a antiguidade que se encarreguem de os retirar. Só que isso não acontece. Apenas ficam com um aspecto deplorável de bairro de lata.

As eleições já lá vão, mas os cartazes continuam. Não é o meu conceito de decoração urbana. É mero desleixo e porcaria. Já agora, a localização dos placards é ilegal É que, segundo a lei eleitoral, deve ser proibida a colocação de cartazes em locais que choque com a estética do meio ambiente.

Sendo assim, retirem-se os cartazes e os placards, com urgência!

Passar de porco a limpo é bom e fácil.

Toca a aproveitar a circunstância!

PS- Sobre a proibição da publicidade em locais onde choque com a estética local ler o artigo 15 do texto da Comissão Eleitoral de Eleições. O texto integral está disponível para download no site da ALRA.

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