terça-feira, março 08, 2005

Geoloc

Instalei, como já devem ter reparado, um novo software. O seu funcionamento é simples e dá-nos uma série de informações interessantes. Duas delas, são bastante úteis para quem quer ter uma ideia da proveniência dos visitantes dos Blogues. A luzinha verde diz-nos quem está ligado e a vermelha diz-nos quem esteve ligado. Ambas acendem indicando os países de origem dos visitantes.

O mais curioso, pelo menos para mim, é que hoje esteve gente de vários sítios, alguns dos quais até tenho dificuldade em determinar com exactidão, a visitar o Marazul.

Destes, gostava de assinalar a visita de pessoal dos States. Não sei se passaram e nada perceberam ou se, pelo contrário, é pessoal de cá que se instalou do lado de lá das águas atlânticas.

Sendo optimista, e partindo do princípio que são "conterrâneos", envio uma saudação muito especial, daqui da Ilha do Pico, e faço votos para que cá venham em breve.

Por coincidência estive a ler um conjunto de comentários sobre o aeroporto da Ilha do Pico e, na sua maioria, advogavam que os quinze mil habitantes não justificam uma saída directa para o exterior. Para mim essa é uma falsa questão. Onde houver uma pessoa, deve estar em vigor a mesma lista de direitos que impera nas grandes comunidades. Havendo dinheiro para o investimento…conversa encerrada.

Daqui derivam vários pensamentos:

1- Há dinheiro. Aliás, a Região teve superavit, no encerramento das suas contas. Logo, deve haver mais investimento em infra-estruturas. Felizmente as grandes Ilhas têm o problema da saúde resolvido (há dois ou três meses foram contratados mais 56 médicos para os grandes Hospitais), vamos agora tratar da questão da saúde da Ilha do Pico. É natural que, na fila de espera dos investimentos, a nossa ilha esteja, neste momento, à frente. Aqui já podemos falar de quantidade.
2- Sem voltar à questão dos direitos, é reconhecido que, do ponto de vista do desenvolovimento económico, um número reduzido de habitantes, é um entrave ao crescimento. Talvez fosse boa ideia (volto aos nossos "Lusos" nos States) a organização de campanhas junto dos emigrantes que lhes aumentasse a confiança nas Ilhas e os incentivasse a regressar e a investir nos seus locais de origem.
3- Em última análise, o vulcão dos Capelinhos é o grande responsável pelo estado de sub-desenvolvimento que por cá se verifica. É que foi por "sua causa" que a emigração para os EUA foi "aberta" aos Açoreanos e quase esvaziou as Ilhas do triângulo.
4- A referida campanha de sensibilização dos nossos "Lusos" deveria ser conduzida pelo Governo Regional em parceria com a Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (a tal do dinheiro da cedência da base das Lajes). Esta posição reforça a necessidade de implantar nas nossas Ilhas a Sede daquela Instituição. Com a actual conjuntura política só não é feita a "transição" se os nossos governantes não quiserem.
5- Como as palavras vão puxando as ideias, lembro-me que saíu uma nova revista Açoreana. Chama-se "Factos". O primeiro número não é brilhante. Tem o benefício da dúvida. Não gostei, sobretudo, por duas razões: nota-se uma grande vontade de se colar à maioria absoluta, perdendo alguma capacidade de análise e de crítica e porque os seus "comentadores" nada comentaram, para além do seu estatuto de comentadores. São meta-artigos (artigos sobre os artigos).
6- Nesta revista vem um artigo sobre a fortuna (falta dela, para ser mais correcto) dos nossos governantes. Ou os dados não são correctos, ou a gestão das suas vidas pessoais é fraca, ou são todos políticos de carreira e nunca tiveram outras fontes de rendimento. Sabendo que os bons técnicos são bem pagos, as conclusões sobre a qualidade do pessoal do aparelho não são muito optimistas.
7- O tempo está bom. As tais tempestades previstas passaram ao lado e o cheiro a incenso atingiu os máximos da época.


Sei que hoje foi uma espécie de salada de temas. Ficam em aberto para futuras reflexões.

De qualquer forma fiz o do costume: escrevi o que me apeteceu!

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