Há dias danados. Temos vontade e temos vontades mas acabamos por sucumbir à inactividade. Hoje trabalhei, batalhei e tracei rotas futuras. Resolvi questões e inventei soluções. No entanto, sinto uma espécie de azia na alma. Um ardor cerebral que vem crescendo diáriamente e que se traduz numa inquetude inquietante.
O sentimento do dever cumprido é algo que, hoje, passou completamente invisível. Tenho coisas para dizer e sufoca-me a desvontade (seja isso o que for).
Rodopiam as cagarras e fazem um barulho ensurdecedor. Desde o sísmo que não havia tantas. Só este facto deveria ser suficiente para aquietar as ansias e para fazer explodir o foguetório.
Nada feito! Nem um escape ou um estretor. Nada se ouviu.
Olho para a noite e sinto-a parada do lado de lá. Não há carros no Faial. Os do Pico rumaram a Sul e, entre risos e galhofas, trocaram asinhas de frango pelas ingénuas asas de anjo. Voam agora, em silêncio, em direcção à protecção, trémulos de desejos não concretizados. Lajes, São João, São Mateus, Monte, Madalena, Paris, Nova York e Infinito. Sonham as viagens que hão-de fazer. Deus lhes dê futuro!
Não me interessa muito. Hoje é um daqueles dias…
Contaram-me as possíveis ilegalidades nas obras da Igreja e pensei nas sopas de Espírito Santo a entrarem, líquidas, quentes e solidárias, directamente nos bolsos dos empreiteiros e acólitos.
Há-de ser como quiserem…
Vi a nova revista da Câmara. Com 24 páginas tem 29 fotografias do presidente. Felizes dos infelizes…
Há-de ser como quiserem…
Ouvi, nas notícias, a forma como os concursos públicos são organizados, de forma a colocarem os colaboradores "próximos" do Governo em cargos bem remunerados. Grande novidade…
Há-de ser como quiserem…
Relembrei comentários no meu Blog, alvitrando futuras intervenções do provedor da Santa Casa que tem coisas para revelar sobre processos em tribunal e a escola profissional. Cá estarei para publicar os documentos e contar a história. Vai ter de ser feito, feliz ou infelizmente.
Há-de ser como quiserem…
Aturei os putos, ratos de sacristia, agitando testosterona nos ares do Beco, durante a pequena folga noturna que se concederam. A continuar a dança núpcial, vai haver "tapona", que me desculpem os pais que, avisados, descartam-me a consciência.
Há-de ser como eu quiser!
Quanto ao resto não sei, sinceramente o que vos hei-de dizer. Minto, sei o que dizer mas, hoje, falta-me a letra e a vontade. Amanhã será diferente... É sempre!
Os temas, infelizmente pululam.