Não estou de acordo com a política do Governo Regional de entregar a exploração dos seus “negócios” a Associações ou Agremiações.
Acho que os privados estão mais vocacionados para o desenvolvimento dessas explorações e poderiam fazer um melhor trabalho; na qualidade do serviço, na sua divulgação e na garantia de uma continuidade.
Refiro-me, por exemplo, à Gruta das Torres, à Casa da Montanha e aos bares das piscinas naturais.
São estruturas importantíssimas para a Ilha do Pico e o seu cartão de visita mais imediato. Todos os “passantes” as visitam, mesmo que não fiquem na Ilha.
Assim sendo, creio que os Bombeiros não terão capacidade para explorar nas vertentes lúdica, cultural e pedagógica a Montanha. São, sem dúvida, uma Instituição que merece todo o respeito, prestam um serviço meritório (de que já beneficiei) mas cuja vocação, sejamos realistas, não é a animação nem a exploração turística.
Os montanheiros, verdadeiros “carolas”, correm por gosto. Sem dúvida: por gosto às grutas, furnas e afins, não pelo gosto do negócio. E, como sabemos, se a estrutura não se auto financia, acaba por se degradar.
As Associações que gerem os bares, têm um papel fundamental na preservação e divulgação do património cultural da Ilha mas, convenhamos, a vocação empresarial falha-lhes.
Creio que estes negócios poderiam ser um incentivo, nas mãos dos particulares, para o fortalecimento do espírito empresarial dos “picarotos”. Os resultados só poderiam ser melhores.
Claro que os empresários seriam os primeiros a contratar as Associações para desempenharem as suas verdadeiras funções: salvamento e segurança, ensino e exploração e animação cultural.
Digamos que ficava tudo melhor arrumado.
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