sexta-feira, maio 12, 2006
O poder da linguagem
Desde muito novo, fui habituado a considerar todas as culturas como importantes. Mais ou menos livre de preconceitos, cedo descobri as vantagens da comunicação sem intermediários.
Ainda agora gosto de ouvir as histórias, sempre que possível, na língua materna onde nasceram. Acho mais autêntico!
Hoje, em frente a minha casa, dei com a mensagem que em cima reproduzo.
Inicialmente, pensei que se tratava de uma obra de arte. Uma pintura actual feita por uma mentalidade rupestre. Descartei a hipótese (a da obra de arte, não a do autor)!
Seria um grafitti? Talvez não. Não imagino o “pançudo” (maneira de dizer, claro!) a andar de skate e, de lata na mão, largar aquilo como se a sua assinatura se tratasse.
Tinha de ser uma linguagem. Uma forma bastante primária de comunicação mas, mesmo assim, possuidora de uma mensagem.
Tentei descodificar.
Uma suástica….uma cruz gamada…o símbolo Budista que significa “bons ventos”, associada a uma cara magrinha. Estranho!
Quererá dizer que vêm aí os bons ventos do verão e que trarão consigo as magrinhas em fato de banho?
Pode ser!
Quererá dizer que os bons ventos trarão, em breve, uma solução definitiva para o Darfur?
Era bom!
- Ó home! Tem juízo!
Lá estava o meu mestre. Sempre que necessito, em horas difíceis ou de indecisão, é o único com que posso contar. O homem do Pico!
- Bem hajas ó guia! Porque me mandas ter juízo?
- Porque pareces tolo com essas conversas. Aquilo é uma cruz do “Hitla” e uma caveira.
Pasmei….
- Então…
- Claro home!
- Então “péra” lá que vou responder! Também conheço essa língua!
E respondi!
Claro que, como não sou vândalo, amanhã apago. Se não for amanhã, será noutra altura.
(para ver a resposta convém comparar as duas fotografias)
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