É fundamental para os Açores a existência de uma maioria do Partido Socialista nas próximas eleições Legislativas.
Lembram-se, concerteza, que após a entrada do Governo PSD de Durão Barroso, a primeira dificuldade, para os Açores, foi o recebimento das verbas que tinham sido prometidas e aprovadas pelo Governo Socialista. Lembram-se, também, que as dívidas dos Açores foram diluídas na solidariedade socialista.
Seria de esperar que os Açoreanos, nomeadamente os do Partido Socialista, se empenhassem numa campanha activa para mobilizar os votos no sentido de obter a maioria absoluta.
A campanha já começou. Alguém deu por isso?
Não!
Porque será que os políticos locais, nomeadamente os "profissionais" que vivem do partido, que empregam filhos, sobrinhos, amigos e demais "corte", quando chega a altura das eleições, têm tanta relutância em sujar as mãos e dar a cara. Evitam vir para a rua fazer campanha e colar cartazes.
Por vários motivos:
1- São finos demais para desempenhar essas tarefas. A poderosa elíte política não suja as mãos
2- Não mobilizam as bases do partido porque não têm sobre ela qualquer influência
3- Não conseguiram criar uma Juventude Socialista que é, por definição, mais empenhada e generosa. Limitaram-se a inventar a sigla e dizer que a líder seria a irmã do Hernãni.
4- Estão habituados a viver parasitáriamente debaixo do nome de Carlos César.
5- Se fizerem campanha é pior para o partido. Não arrastam ninguém, antes pelo contrário, até afastam os votantes. Vejam, por exemplo a diferença de votos na Candelária, entre o presidente da Junta e o Manuel Tomás, nas anteriores autárquicas.
Todas as alíneas são verdadeiras. De facto, nem são capazes nem seriam úteis. É melhor para todos que fiquem quietos e calados.
Quando um partido retira estas conclusões sobre os seus líderes é triste.
Ou antes, eles é que são uns tristes líderes.